Esportes adaptados auxiliam usuários do CIIR e revelam potenciais talentos

Esportes adaptados auxiliam usuários do CIIR e revelam potenciais talentos

08/09/2021 Off Por Roberta Vilanova

O adolescente Kaua em treinamento sob a orientação do educador físico, Reinaldo Costa

Responsável pelo setor, Reinaldo Costa afirma que o esporte é importante para o processo de reabilitação dos usuários. “O esporte vem agregar valores como a inclusão social, interação, motivação e faz com que ele tenha uma terapia prazerosa. É fundamental no processo de socialização com a comunidade e principalmente com a família. Temos uma equipe multiprofissional que o avalia e identifica as demandas, o educador físico percebe essas potencialidades no usuário”, destaca o educador físico.

O Kauã é considerado um prodígio no power lift, o halterofilismo paralímpico. “Ele pesa 43kg, consegue levantar de 70 a 80kg. É um potencial que está sendo trabalhado para alavancar no esporte”, destaca o professor.

Kaua Serra foi diagnosticado com paralisia cerebral aos oito meses de idade

Para Kauã o esporte é uma diversão. “Faço minhas terapias. Para levantar o peso o foco maior é em se concentrar. Como é treino, não precisa ficar nervoso. Faz o aquecimento e depois vai aumentando até chegar nessa fase. Tenho vontade de competir e já estou me preparando”, afirma o jovem.

A avó Iracilde da Silva Nascimento cria o rapaz desde que nasceu e se enche de orgulho. “Fico muito alegre porque acredito que todos os passos do meu filho não serão em vão. É tudo o que eu busco para ele. Isso é muito bom para ele, para a mente e o corpo físico. Ele é uma criança muito interessada. Tudo o que ele busca, vai conseguir”, acredita.

Fabrícia Maciel, diretora técnica do CIIR

Após uma primeira avaliação e com o diagnóstico da deficiência, o paciente dá entrada à habilitação, com direito as terapias. “O plano terapêutico dos pacientes é individual e o esporte adaptado entra em cada potencialidade. Uma vez matriculado e tendo recursos, ele é convidado a conhecer para verificar qual ele tem mais habilidade para se desenvolver”, explica Fabrícia Maciel, diretora técnica do CIIR.

“O esporte adaptado é utilizado para incluir mais movimento e como uma forma de inclusão, que é o nosso grande objetivo. O nosso primeiro objetivo é terapêutico, mas se o paciente tem esse potencial, incentivamos. Uma meta a longo prazo é que tenhamos paratletas aqui”, acrescentou Fabrícia Maciel.

SERVIÇO:

Os usuários podem ter acesso aos serviços por meio de encaminhamento das Unidades de Saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez encaminhará à regulação Estadual, onde o pedido será analisado conforme perfil do usuário, através do Sistema de Regulação.

O Centro funciona na Rodovia Arthur Bernardes, nº 1.000. Mais informações podem ser obtidas pelo telefones: 4042.2157 / 58 / 59.

Texto: Dayane Baía/Secom
Fotos: Pedro Guerreiro/Ag. Pará