Por mês, 800 atendimentos exclusivos às mulheres são ofertados na Poli Metropolitana

Por mês, 800 atendimentos exclusivos às mulheres são ofertados na Poli Metropolitana

08/03/2022 Off Por Roberta Vilanova

No mês dedicado às mulheres, unidade faz alerta ao câncer do colo de útero em defesa da campanha Março Lilás

Referência do Governo do Estado do Pará em especialidades clínicas e cirúrgicas, em Belém, a Policlínica Metropolitana é uma unidade ambulatorial de média complexidade que tem a capacidade de ofertar 800 atendimentos mensais exclusivos à saúde feminina. No mês de março, quando é comemorado o Dia Internacional da Mulher, especialistas da central diagnóstica alertam também sobre a importância da prevenção e combate ao câncer do colo de útero, o terceiro mais incidente na população feminina no Brasil.

O mês de março também é marcado pelo “Março Lilás” dedicado à conscientização sobre o câncer de colo do útero. Diferente dos índices nacionais, esse tipo de câncer na região Norte do país é o que lidera o ranking de incidência e mortalidade.

A principal forma de detectar as lesões, que podem se desenvolver e agravar até se instalar a doença, é através do exame Papanicolau, o chamado preventivo. É um procedimento simples que analisa amostras de células recolhidas do colo, por meio de raspagem com uma espátula e escovinha. O material é analisado em laboratório e pode detectar lesões pré-cancerosas.

O coordenador de ginecologia da Poli Metropolitana, Wilson Ribeiro Lopes, explicou que outro exame que permite examinar o colo do útero é a colposcopia.

“Na Policlínica, ofertamos a colposcopia. Não ofertamos o preventivo por ser exame característico de atenção primária, serviço prestado nas unidades municipais de saúde”, esclareceu. A colposcopia é feita através de um aparelho que amplia a imagem, entre 10 a 40 vezes, possibilitando que o médico identifique lesões imperceptíveis a olho nu. O diagnóstico definitivo é feito por meio de biópsia, que é a retirada de uma amostra de tecido para ser analisada em laboratório e verificar se há células cancerosas. Uma vez fechado o diagnóstico, o ginecologista ressaltou que “as pacientes são encaminhadas para o Hospital Ophir Loyola”, a unidade estadual de referência do tratamento de câncer do Pará.

Para Wilson Lopes, o caminho para prevenir a patologia é o alerta social. “A prevenção do câncer invasivo do colo do útero é feita por medidas educativas, vacinação, rastreamento, diagnóstico e tratamento das lesões subclínicas”, elencou o ginecologista.

Tema – Na edição de 2022, a campanha “Março Lilás” tem como foco o combate à subnotificação de registros de câncer de colo de útero, já que os números do ano passado foram comprometidos devido às dificuldades impostas pela pandemia da Covid-19. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sespa), de 2017 a 2020, foram registrados 2.264 casos pelas Secretarias Municipais, uma média anual de 566 confirmações, já em 2021, apenas 245 novos registros foram feitos. Para 2022, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 720 novos casos registrados apenas no Estado.

A diretora executiva da Policlínica Metropolitana, Liliam Gomes, observa que falar dos cuidados da saúde feminina é a principal arma contra a patologia.

“As mulheres precisam se cuidar. Fazer os exames preventivos regularmente, assim como procurar um especialista para consultas. Caso haja o surgimento de quaisquer sinais anormais em seu corpo, elas não devem hesitar em procurar um médico. O ‘Março Lilás’ é um mês de alerta para um dos tipos de câncer mais recorrentes na região Norte do Brasil, por isso, as paraenses devem manter cuidados redobrados para a prevenção da patologia”, alertou a gestora.

A Poli atende mulheres de todas as idades, com queixas ginecológicas e que permitam atendimento ambulatorial e eletivo

Saúde feminina – Além das consultas com profissionais de renome na área de atuação, a Poli também garante que a paciente tenha ao seu alcance o que há de mais avançado em diagnóstico por imagem. O centro oferta exames de laboratórios que auxiliam na investigação das doenças sexualmente transmissíveis e nas dosagens hormonais, por exemplo.

A unidade conta com a ultrassonografia transvaginal, ultrassonografia de mama, colposcopia, biópsia de colo uterino e exames laboratoriais que rastreiam as dosagens hormonais e sorologias para doenças sexualmente transmissíveis. Para saber mais sobre o preparo de cada exame específico, os pacientes podem acessar o site da unidade no endereço https://polimetropolitana.org.br/ e na aba ‘exames e preparos’, e observar as orientações individuais de cada procedimento.

Para o secretário estadual de Saúde, Rômulo Rodovalho, a unidade garante uma variedade de atendimentos à população de todos os municípios paraenses. “Além dos Programas peculiares à Policlínica Metropolitana, o local atende quase 20 especialidades com profissionais que são referência na sua área de atuação. Para saúde feminina, destacamos a presença da ginecologia. Além das consultas ambulatoriais, há uma pluralidade de exames para facilitar o diagnóstico de doenças femininas”, destaca o titular da pasta.

A Poli atende mulheres de todas as idades, com queixas ginecológicas e que permitam atendimento ambulatorial e eletivo – exceto as gestantes – pois não há atendimento obstétrico. Entre as principais patologias atendidas estão a miomatose uterina, cistos ovarianos, lesões ou suspeitas de lesões em colo uterino, doença inflamatória pélvica e climatério.

Atendimentos  – Os atendimentos de ginecologia na Poli Metropolitana são oferecidos através da Regulação Estadual, garantindo a observância do Sistema Único de Saúde (SUS). A paciente deverá ir à Unidade Básica de Saúde (UBS) e sob solicitação médica, será encaminhada à Policlínica, através do Sistema de Regulação do Estado (SISREG). Outra forma de ser atendida na especialidade é através de encaminhamento interno.

Texto: Roberta Paraense/Policlínica Metropolitana

Fotos: Divulgação