Por mês, Poli Metropolitana oferta até 600 consultas na especialidade de mastologia

Por mês, Poli Metropolitana oferta até 600 consultas na especialidade de mastologia

11/08/2021 Off Por Roberta Vilanova

Mamografia é fundamental para detecção precoce do câncer de mama

O produtor rural Lucas Gabriel, de 51 anos, procurou atendimento médico após sentir alguns incômodos no peitoral, há seis meses. “Andava e cansava com muita facilidade, depois disso, comecei a ter dores na mama e um arrepio no mamilo”, lembrou. Morador do bairro do Jurunas, em Belém, ele foi encaminhado de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), para fazer uma série de exames na Poli Metropolitana do Pará, também na capital paraense. “Fiz o raio-x do tórax, o eletrocardiograma, o eco, exames de sangue e também fui na mastologista, que indicou fazer uma mamografia para saber o que tenho exatamente”, disse.

Frequentemente associada à população feminina, a mastologia também atende os homens. Seja para a avaliar alterações de exames físicos ou para rastreamento de nódulos nas mamas, a especialidade médica é procurada pela população masculina, ainda que, conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA) aponte que apenas 1% da incidência das neoplasias malignas de mama são em homens.

Empenhado em oferecer os serviços de mastologia à população paraense, o Governo do Estado, através da Poli Metropolitana, dispõe de até 600 consultas por mês na especialidade. Os atendimentos são para todos os públicos.

A mastologista Mary Helly Valente, coordenadora do serviço na Poli, explicou que esses atendimentos alcançam os “pacientes de diversas idades e de ambos os sexos e que vêm tanto para realizar exames de rastreamento de câncer de mama, quanto para avaliar alterações no exame físico ou nos exames de imagem, com o objetivo de iniciar um tratamento clínico ou cirúrgico.  Além disso, são investigadas lesões suspeitas que requerem biópsia para definir o quadro clínico”, detalhou a médica.

Enfermidades – Entre as doenças mais recorrentes diagnosticadas na Policlínica Metropolitana dentro da mastologia, a especialista elenca: “patologias benignas que incluem queixas de dor nas mamas, cistos mamários, acompanhamento de nódulos mamários, além de hipertrofia mamária e quadro de ginecomastia”. Para que seja possível os rastreamentos destas doenças, Mary Helly Valente também garante que a unidade dispõe de exames de imagens como “a mamografia e a ultrassonografia das mamas, além da realização de biópsia de nódulos mamários, suspeitos ou não de câncer de mama”, acrescentou a médica.

Diagnóstico – Com essa gama de serviços, o secretário de Estado de Saúde Pública, Rômulo Rodovalho, garante que a unidade é estratégica na rede para o diagnóstico completo em um único local. “Quando o paciente vem referenciado de um posto de saúde, este, na Policlínica, pode dispor além de consultas, mas de uma gama de exames de média e alta complexidade. Na Poli, há também um encaminhamento interno. Ou seja, quando o médico da própria unidade identifica a necessidade de o paciente passar por outro especialista, o profissional faz o encaminhamento interno. Isso significa que o usuário, em apenas uma unidade, encontra toda a infraestrutura para ser diagnosticado e iniciar um tratamento o mais rápido possível”, observou o titular da pasta.

Usuários precisam ser referenciados de uma unidade básica de saúde à Poli Metropolitana

Serviço – Assim como nas demais especialidades médicas e não médicas, para ter acesso aos serviços da mastologia, usuários precisam ser referenciados de uma unidade básica de saúde à Poli Metropolitana. “Esses pacientes passam previamente por atendimento médico em outra unidade, e são encaminhados para a para uma avaliação na mastologia da Poli. No entanto, esse atendimento não atende às demandas espontâneas. O usuário precisa passar pelo Sistema Nacional de Regulação (SisReg)”, observou a gestora.

ENTENDA:

Quem deve procurar um mastologista?
A população masculina e feminina de qualquer idade, caso haja incômodos na mama. Quando não se sente nada, as mulheres devem fazer uma consulta com um mastologista a partir dos 35 anos de idade. O diagnóstico do câncer de mama em mulheres a partir dos 30 anos.

Mastologistas para homens?
Sim! Os homens também podem sofrer com doenças na mama, como é o caso da ginecomastia, doença que leva ao crescimento das glândulas mamárias de forma anormal para o corpo de um homem. Eles podem, ainda, ter câncer de mama. Embora não seja comum, os homens precisam permanecer atentos, já que na população masculina é mais fácil perceber se há algo errado porque a sua glândula mamária é muito menor. Caso ele sinta alguma alteração nessas regiões, é preciso procurar um mastologista.

Fonte: Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).

Texto: Roberta Paraense/Policlínica Metropolitana

Fotos: Bruno Cecim/Ag. Pará