Hospital Galileu investe em humanização e cuidados com a saúde mental

O Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), em Belém, é referência em trauma ortopédico e também se destaca no cuidado com a saúde mental de pacientes e acompanhantes. Ao longo de 2025, a unidade já realizou quase 140 ações de humanização, incluindo cortes de cabelo, autocuidado, celebração de aniversários no leito, visitas estendidas, palhaçaria, cine Galileu, musicoterapia, oficinas de artes e projetos como “O que importa para você”.

“O Hospital Galileu vai além da assistência médica. Buscamos oferecer experiências que tragam leveza, alegria e apoio emocional durante a internação. As ações humanizadas ajudam a reduzir o impacto do trauma e a fortalecer a autoestima de pacientes e acompanhantes”, destaca Anny Segóvia, coordenadora do Setor de Humanização.

Entre os pacientes que se beneficiaram das iniciativas, está Carla Sarmento, 38 anos, que passou por remoção de pinos e colocação de placas após um acidente de carro no arquipélago do Marajó. “Eu acho ótimo esse tipo de ação. Além de orientar, torna o ambiente hospitalar mais acolhedor. É muito bom ver pessoas passando por aqui e se preocupando com a gente”, contou.

Gestos simples de carinho ajudam a fortalecer a autoestima de pacientes e acompanhantes, apontam profissionais de saúde

Outro exemplo é Gilvani Palheta da Silva, que passou seu aniversário de 50 anos internada. Ao ser questionada sobre o que gostaria naquele dia, parte do seu desejo foi atendido: a equipe do HPEG levou uma de suas filhas, Mariana Palheta, para celebrar o momento na enfermaria, emocionando pacientes e profissionais.

As iniciativas de humanização do Galileu também foram reconhecidas pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). A unidade alcançou este ano o Nível 3 – Acreditado com Excelência, reconhecimento que avalia segurança, gestão integrada dos processos e excelência na administração, destacando os projetos humanizados como diferencial.

Mensalmente, o hospital realiza atividades pelo Grupo de Trabalho de Humanização (GTH), como o Projeto de Artesanato Criativo, que ensina técnicas manuais e incentiva a economia criativa, atuando como terapia durante a internação. “Os recursos manuais proporcionam melhora na evolução do paciente. Apostamos no artesanato, e agora, especificamente, nas técnicas de crochê”, explica Anny Segóvia.

O Cine Galileu também é um sucesso, levando sessões de filmes às enfermarias com pipoca e suco, promovendo socialização e descontração. Em 2022, durante a Copa do Mundo, o projeto ganhou versão temática, permitindo que pacientes e acompanhantes acompanhassem os jogos do Brasil no hospital.

Outra iniciativa é o projeto “Carta para o Desconhecido”, que incentiva pacientes a escreverem mensagens de otimismo para outros internados. Enfermeiros, técnicos e psicólogos coletam as cartas e fazem a entrega aleatoriamente, promovendo conexão e acolhimento entre os usuários da unidade.

Hospital Galileu tem com 104 leitos de internação, localizado na avenida Mário Covas, nº 2553, na Grande Belém

“O que importa para você é sempre a nossa prioridade. Buscamos ouvir cada paciente, acolher suas necessidades e oferecer momentos que tragam alegria e conforto durante a internação”, acrescenta Cledes Silva, diretor do Hospital Galileu.

Perfil

O HPEG funciona como unidade de baixa e média complexidade, com 104 leitos de internação, servindo como retaguarda cirúrgica para pacientes de trauma ortopédico. Oferece Serviço de Reconstrução e Alongamento Ósseo, além de cirurgias de traqueia e urológicas, como hiperplasia prostática benigna, exclusão renal e triagem com biópsia de próstata.

A unidade é pública e administrada pelo Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), e está localizada na avenida Mário Covas, nº 2553, na Grande Belém.

Texto de Roberta Paraense