
Hospital Galileu reforça apoio psicológico e cuidado humanizado a pacientes ortopédicos
01/09/2025Durante setembro, mês alusivo à Prevenção ao Suicídio, o Hospital Público Estadual Galileu, na Grande Belém, reforça ações de atenção à saúde mental, escuta qualificada e acolhimento como parte integrante da recuperação física dos pacientes. É nesse contexto que a história de Erinivaldo da Silva dos Santos mostra a força e importância das assistência hospitalar.
Quando o usuário sofreu um grave acidente de moto, a dor física veio acompanhada de sentimentos de medo e desesperança. “Nos primeiros dias, senti desespero. Imaginava que não conseguiria voltar às minhas atividades e me senti impotente diante das limitações”, lembra Erinaldo, que passou por intenso acompanhamento na unidade referência em trauma ortopédico do Governo do Pará.
Mas ele não estava sozinho. Desde a admissão, a equipe do hospital acompanhou de perto seu estado emocional. Para a psicóloga Evelyn Cunha, acidentes como o de Erinaldo podem desencadear ansiedade, frustração e até depressão. “Identificamos sinais comportamentais como isolamento, irritabilidade ou choro frequente. Nossa intervenção é focada na escuta qualificada, orientação e apoio emocional, envolvendo tanto o paciente quanto sua família”, explica.
A cada sessão de fisioterapia ou consulta médica, o paciente encontrava também um olhar atento para sua saúde mental. “O primeiro momento que consegui ficar em pé sozinho, depois de tanto esforço, foi emocionante. Senti que todo o cuidado recebido me devolveu confiança e esperança”, recorda Erinivaldo.
Atuação
No Hospital Galileu, o cuidado é multiprofissional e integrado. Médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e psicólogos trabalham lado a lado, oferecendo um suporte amplo e humanizado. “Cada profissional contribui com seu olhar para a saúde do paciente, promovendo não só a reabilitação física, mas também o bem-estar emocional”, reforça Evelyn.
O Setembro Amarelo é um momento para reforçar a atenção à saúde mental e a importância do acolhimento dentro das instituições de saúde. “A campanha promove a escuta ativa, reduz o estigma e reforça a criação de espaços seguros para falar sobre sentimentos e dificuldades”, afirma a psicóloga.
Para o diretor executivo do hospital, Cledes Silva, a integração entre cuidado físico e emocional é estratégica. “Tratar acidentes ortopédicos vai além de recuperar movimentos: significa apoiar emocionalmente cada paciente. O Setembro Amarelo reforça a importância do cuidado psicológico, da humanização e do trabalho multiprofissional, que juntos devolvem esperança, autonomia e qualidade de vida”, destaca.
Hoje, Erinivaldo caminha confiante, retomando suas atividades e redescobrindo a própria força. “O cuidado real que recebi aqui transformou minha vida. Hoje consigo andar, retomar minha rotina e enfrentar cada dia com confiança e esperança”, conclui, lembrando que a recuperação vai muito além do corpo: é uma reconstrução do equilíbrio entre mente e movimento.
Serviço – O Hospital Galileu é uma unidade pública, na avenida Mário Covas, nº 2672. A instituição é administrada pelo Instituto de Saúde e Social da Amazônia (Isssaa), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
Texto de Roberta Paraense