Paciente de UTI tem sessão de musicoterapia ao som de forró, no Regional do Tapajós
02/03/2023Uma dobradinha entre arte e a saúde está fazendo total diferença no tratamento de pacientes internados no Hospital Regional do Tapajós (HRT), no município de Itaituba, no sudoeste paraense. É que além de ajudar na recuperação de doenças físicas, a música alivia, também, sintomas como dor e ansiedade no contexto hospitalar.
Internado há 85 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Adriano Nobre de Sousa, de 48 anos, esta semana, participou, pela primeira vez, de uma sessão de musicoterapia.
Com o auxílio da equipe multiprofissional e da Comissão de Humanização da unidade, o paciente teve mais um avanço na sua recuperação. Nesta quarta-feira (1), ele saiu do leito e foi levado para o corredor do HRT, com uma vista privilegiada da cidade, para se exercitar ao som da Banda de forró Tropykália. A escolha musical atendeu ao pedido do próprio paciente.
Iniciativa- O projeto da unidade visa melhorar a qualidade de vida dos internados e facilitar nas questões de relacionamento entre os pacientes e os profissionais da saúde. “A equipe multiprofissional tem trabalhado em conjunto para produzir resultados válidos e seguros para a recuperação do usuário. O objetivo principal de promover essa ‘saída do paciente’, é fornecer a ele, perspectiva do ambiente externo e ajudá-lo, ainda, a sair da rotina diária”, explicou a fisioterapeuta Kelly Karine.
Adriano precisou ser internado após sofrer um acidente vascular cerebral e tem enfrentado um longo processo de recuperação. No entanto, terapias como estas, aliada ao tratamento médico, estão garantindo o progresso do tratamento. “Ao longo desse período, ele tem apresentado uma melhora significativa em seu estado de saúde”, disse a profissional.
A fisioterapeuta ressalta também que a avaliação constante e que o manejo adequado das condições clínicas, estão sendo cruciais para que Adriano alcançasse esse momento. “Estamos confiantes de que o paciente continue progredindo em sua recuperação. Dessa forma, estamos sempre atentos e disponíveis para apoiá-lo nesse processo”, frisou Kelly Karine.
Terapia – A enfermeira Cíntia Lorrany explica que a música tem um impacto significativo na recuperação de pacientes, especialmente, em casos como o de Adriano, que enfrenta desafios em sua reabilitação após um AVC. “Durante a sessão de musicoterapia, ele apresentou um comportamento mais relaxado, colaborativo e sociável, o que é um ótimo sinal. Essa mudança de comportamento pode contribuir para interação mais positiva junto à equipe”, observou.
Projeto – A iniciativa da musicoterapia é uma forma de humanizar o atendimento hospitalar e proporcionar um momento de relaxamento e bem-estar para os pacientes, além de ter sido uma aliada importante na recuperação de pacientes internados no Regional do Tapajós, contribuindo na melhoria do estado emocional e mental, sendo também, utilizada como uma ferramenta de reabilitação física e cognitiva.
Para Matheus Coutinho, diretor geral do HRT, a música é uma importante ferramenta para ajudar na recuperação e na qualidade de vida dos pacientes, mostrando que um tratamento mais humanizado pode fazer diferença no bem-estar e na autoestima do usuário.
“A musicoterapia é um projeto construído em conjunto com a Comissão de Humanização do hospital e atende diferentes setores, incluindo a nefrologia. Temos visto resultados positivos em várias áreas do hospital e estamos sempre buscando expandir o projeto para ajudar mais pacientes”, explicou o gestor.
Infraestrutura – Atualmente, o HRT conta com 153 leitos de internação, sendo 81 clínicos cirúrgicos, 19 clínicos médicos, 20 de UTI Adulto, 10 de UTI Pediátrica, 10 de UTI Neonatal, oito ginecológicos e obstétricos e cinco leitos UCI (Unidade de Cuidados Intermediários) Canguru. Dispõe, ainda, de 16 leitos de pronto atendimento, sendo seis adultos, seis pediátricos e quatro de estabilização (Sala Vermelha); totalizando 169 leitos operacionais.
SERVIÇO: O Hospital Regional do Tapajós integra a rede de saúde pública do Governo do Pará, sendo gerenciado pelo Instituto Social Mais Saúde (ISMS). Atende casos de média e alta complexidade, ofertando serviços 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Texto: Ascom HRT