Policlínica Metropolitana do Pará alerta para os riscos e sinais da Síndrome de Burnout

Policlínica Metropolitana do Pará alerta para os riscos e sinais da Síndrome de Burnout

25/08/2025 Off Por ASCOM

A Policlínica Metropolitana do Pará, em Belém, reforça a importância de compreender e identificar precocemente os sinais da Síndrome de Burnout, um distúrbio diretamente relacionado ao estresse crônico no ambiente de trabalho.

De acordo com a psicóloga da unidade, Cassiane Rodrigues, embora o estresse faça parte da vida cotidiana, há diferenças significativas entre o estresse comum e a síndrome. “O estresse comum é a resposta natural do corpo e da mente diante de demandas, mudanças ou pressões do dia a dia. Ele é temporário e tende a cessar quando a situação que o provocou é resolvida”, disse.

Já a Síndrome de Burnout é compreendida como uma reação ao estresse crônico relacionado ao trabalho, que envolve atitudes, comportamentos e emoções negativas do indivíduo frente ao seu trabalho e às pessoas que se relacionam com ele. Ocorre quando o indivíduo chega ao seu limite por não ter conseguido se adaptar a um trabalho altamente estressante e com grande carga de tensão”, explica Cassiane.

A especialista reforça que é essencial estar atento aos sinais de alerta, que podem se manifestar tanto no aspecto físico quanto no emocional. “O cansaço extremo que não melhora com descanso, as alterações frequentes de humor, como irritabilidade e agressividade, a falta de motivação e a perda de interesse pelo trabalho e até pelo lazer, a dificuldade de concentração, as enxaquecas, os lapsos de memória, a sensação constante de incapacidade ou fracasso e sintomas físicos, como dores musculares, palpitações e distúrbios do sono, são indicadores que não devem ser ignorados”, alerta.

Vulneráveis

Alguns grupos profissionais são mais vulneráveis à síndrome, especialmente aqueles que lidam com altas demandas e sob forte pressão. “Profissionais da saúde, da educação, da segurança pública e aqueles que atuam em áreas que exigem alta performance emocional ou que enfrentam jornadas prolongadas estão mais expostos. Esses grupos, diariamente, lidam com grande volume de tarefas, responsabilidade intensa e, muitas vezes, falta de recursos adequados para desempenhar seu trabalho”, pontua.

Pandemia

O ambiente de trabalho e a cultura organizacional também desempenham papel central no surgimento do Burnout. “Jornadas excessivas, metas inalcançáveis, falta de pausas, ausência de reconhecimento e clima organizacional ruim favorecem o desenvolvimento de um possível quadro. Uma cultura de estar ‘sempre disponível’ também é extremamente prejudicial”, afirma Cassiane.

A psicóloga acrescenta que a pandemia agravou o problema: “A pandemia trouxe insegurança, aumento da carga de trabalho, especialmente na saúde, isolamento social e medo constante da doença. Profissionais precisaram se adaptar a novas demandas, lidar com perdas e, muitas vezes, trabalhar sem estrutura adequada, o que intensificou a exaustão física e mental”.

AUTOCRÍTICA: Outro ponto abordado pela especialista é a autocrítica excessiva, comum em casos de esgotamento. “Reconhecer que limites existem e que não há problema em pedir ajuda é fundamental. É importante substituir pensamentos de cobrança por autocompaixão, praticar pausas e entender que descansar também é parte do processo produtivo. O acompanhamento psicológico pode ajudar a ressignificar essas crenças e reduzir a autocobrança”, orienta.

Ao perceber os primeiros sinais da síndrome, Cassiane recomenda que o indivíduo não adie a busca por apoio especializado. “Reconhecer e aceitar os sinais, procurar atendimento psicológico o quanto antes, avaliar com o médico ou psicólogo a necessidade de afastamento temporário e rever hábitos de sono, alimentação e lazer são medidas essenciais. Se possível, é válido conversar com a gestão ou o setor de RH para ajustar demandas e prazos”, aconselha.

Prevenção

Para ela, a prevenção é tão importante quanto o tratamento. “Pausas regulares durante o trabalho, organização realista da rotina, atividades físicas prazerosas, manutenção de uma rede de apoio social ativa e limitar o tempo de exposição a demandas de trabalho fora do expediente são práticas simples, mas muito eficazes para reduzir o risco da síndrome”, reforça.

SERVIÇO

O primeiro acesso aos serviços da Policlínica Metropolitana é feito pela regulação estadual. Após o atendimento, consultas de retorno e exames podem ser agendados via WhatsApp Business, no número (91) 98521-5110, ou pelo e-mail agendamento.polimetropolitana@issaa.org.br.

Para ser atendido, é necessário apresentar RG, CPF, Cartão SUS e comprovante de residência. No caso de crianças sem RG, deve-se apresentar a certidão de nascimento e os documentos da mãe.

Por Ascom (Governo do Pará)