Hospital da Mulher do Pará realiza 152 cirurgias plásticas reparadoras em seis meses

Hospital da Mulher do Pará realiza 152 cirurgias plásticas reparadoras em seis meses

17/09/2025 Off Por ASCOM

O Hospital da Mulher do Pará, entregue pelo governo do Estado em 8 de março de 2025, alcançou em apenas seis meses de funcionamento um marco expressivo: 152 cirurgias plásticas não estéticas já realizadas. Os procedimentos fazem parte da assistência integral garantida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e priorizam a reabilitação, reparação de sequelas e melhoria da qualidade de vida das pacientes.

Ao contrário das cirurgias estéticas, voltadas unicamente para fins de embelezamento, as plásticas não estéticas oferecidas pelo SUS buscam restaurar funções comprometidas, corrigir deformidades congênitas ou adquiridas, e aliviar sintomas físicos que impactam diretamente a saúde. Entre os casos mais comuns estão reconstruções após câncer, queimaduras ou acidentes, além da mamoplastia redutora em mulheres que sofrem com hipertrofia mamária, condição que pode causar dor crônica, dificuldades de locomoção, problemas respiratórios e até lesões de pele.

Saúde mental – A diretora-geral da unidade, Nelma Machado, destaca que o impacto vai muito além do aspecto físico, quando se fala de mamoplastia redutora. “A cirurgia ofertada pelo Hospital da Mulher do Pará vai muito além de uma cirurgia estética. Ela devolve qualidade de vida a essas mulheres. A mobilidade, melhora a saúde mental porque resgata a autoestima. Muitas pacientes sofrem com alergias devido ao uso constante de sutiãs apertados, que machucam a pele. Então, não é uma cirurgia estética; é uma cirurgia reparadora”, afirma.

Um exemplo dessa transformação é a paciente Bianca Santos, 24 anos, que recentemente passou por mamoplastia redutora no Hospital. O procedimento retirou quase dois quilos de tecido mamário, trazendo alívio físico imediato e expectativa de ganhos significativos na autoestima e no bem-estar.

“Depois da cirurgia minha vida mudou completamente. Hoje, vivo sem aquelas dores nas costas que me acompanhavam todos os dias. Me sinto mais leve e confiante”, garante Bianca.

Impacto positivo – Das 152 cirurgias plásticas, 68 foram mamoplastias redutoras femininas não estéticas, representando uma das principais demandas do Hospital da Mulher.

O cirurgião plástico Milton Fernandes, que integra a equipe da unidade de saúde, reforça a importância do procedimento “A mamoplastia redutora tem um impacto direto na qualidade de vida, aliviando dores nas costas, lombares e nos ombros, todas relacionadas ao excesso de peso das mamas e ao esforço que o corpo faz para sustentá-las”, explica.

Para Bianca Santos, os resultados já fazem parte da rotina. “Minha autoestima melhorou de uma forma incrível, e até nas coisas simples do dia a dia eu percebo a diferença. Tenho mais disposição, me sinto renovada e de bem com a vida”, acrescenta.

Ela também reforça a gratidão pelo atendimento recebido na unidade do governo do Pará, ressaltando que “foi um processo de coragem, mas valeu cada passo. Hoje, posso dizer que essa decisão transformou não só meu corpo, mas também a minha mente e meu coração. Agradeço muito ao Hospital da Mulher e ao Governo do Pará por tornar esse sonho possível. Quero que essa transformação sirva de inspiração para outras mulheres que também estão lutando”.

Acesso à qualidade de vida – Com esse desempenho em apenas meio ano de funcionamento, o Hospital da Mulher do Pará consolida-se como referência estadual em procedimentos cirúrgicos especializados e de alta complexidade voltados à saúde feminina.

A unidade reafirma a missão de garantir acesso universal e gratuito a tratamentos que transformam a vida de mulheres, oferecendo não apenas cuidados médicos, mas também dignidade, acolhimento e a oportunidade de retomada da qualidade de vida.

Texto: Bianca Botelho