Com 50% de conclusão, novo hospital em Santarém se volta à saúde materno-infantil

“A chegada do novo Hospital Materno Infantil é algo que me enche de esperança”, disse a moradora de Santarém, no oeste do Pará, Tcheyse Miranda, mãe de João Gabriel. Ela sintetizou a expectativa da população que aguarda a entrega do Hospital Materno Infantil de Santarém, obra retomada pelo governo estadual, que já alcançou 50% de execução.

A nova unidade vai atender, em especial, mães e crianças de toda a região do Baixo Amazonas, oferecendo serviços especializados em saúde materno-infantil. A primeira fase da obra, em convênio com a prefeitura de Santarém, garantiu o avanço dos trabalhos iniciais. Agora, os trabalhos entram em nova etapa sob a coordenação da Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop), que conduz a execução.

Atualmente, os trabalhos estão concentrados nas instalações elétricas e hidráulicas, pintura interna, testes de sistemas, revestimentos e colocação de esquadrias. A construção do hospital também contribui com a economia local, ao assegurar cerca de 150 empregos diretos para trabalhadores da região.

Um hospital construído com olhar para o cuidado
“Eu imagino quantas mulheres vão viver esse momento (do parto) com mais dignidade, com mais segurança, em um espaço pensado especialmente para elas e para os seus bebês. Vai ser um lugar onde a vida vai começar cercada de muito respeito, dignidade e amor”, acrescentou Tcheyse Miranda, a moradora de Santarém, do início deste texto.

O hospital terá aproximadamente 120 leitos, distribuídos entre internação, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto, UTI infantil, UTI neonatal, Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) neonatal, UCI Canguru – modelo humanizado voltado para recém-nascidos de baixo peso – e PPP (Pré-parto, Parto e Pós-parto).

A estrutura contará ainda com quatro salas cirúrgicas, além de áreas de apoio técnico-logístico, central de resíduos e subestação elétrica. No térreo, estarão localizadas as unidades especializadas pediátrica e obstétrica, consultórios, ambulatório, exames de imagem, nutrição, lavanderia, Central de Material e Esterilização (CME) e a Central de Resíduos.

No primeiro pavimento, vão funcionar o Banco de Leite Humano, a UTI neonatal, a UCI neonatal, a enfermaria mãe canguru, a UTI adulto, a UTI infantil e o laboratório. Já o segundo pavimento abrigará o Centro de Parto Normal, o Centro Cirúrgico e o Centro Obstétrico. O terceiro e o quarto pavimentos serão destinados à clínica pediátrica, com leitos de internação.

No total, serão 8.046,96 m² de área construída, distribuídos em cinco pavimentos, projetados para oferecer qualidade, conforto e segurança às pacientes e profissionais de saúde.

Regionalização da saúde
A titular da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Ivete Vaz, ressalta a relevância da unidade. “As obras do Hospital Materno Infantil de Santarém representam um avanço importante para a saúde do Baixo Amazonas. Estamos trabalhando para garantir uma estrutura moderna, ampla e preparada para oferecer um atendimento de qualidade às mães e crianças da região”.

Além de ampliar o atendimento especializado, o hospital vai reduzir deslocamentos para outras cidades e assegurar acompanhamento completo e humanizado, desde o pré-natal até os cuidados intensivos.

Para o secretário de Obras Públicas, Ruy Cabral, a entrega do Hospital Materno Infantil representa um marco importante para a região do Baixo Amazonas. “A obra do Hospital Materno Infantil é um anseio da população de Santarém e será um equipamento público de referência no Baixo Amazonas. O Governo do Pará tem investido fortemente na ampliação da rede de saúde em todas as regiões e, agora, assume o compromisso de entregar mais uma obra fundamental, que vai impactar diretamente a vida das mães e de suas crianças”.

A expectativa também é compartilhada por Danila Rodrigues, moradora de Santarém e mãe de dois filhos. Para ela, o Hospital Materno Infantil representa um avanço importante na humanização do atendimento às gestantes e aos recém-nascidos na região.

“O hospital vai desempenhar um papel fundamental na garantia da saúde e do bem-estar das gestantes e dos recém-nascidos. Acredito que ele vai ajudar a reduzir a mortalidade infantil e oferecer mais conforto para as mães e seus bebês”, afirma.

Ela ressalta a importância de um atendimento mais humano, com rede de apoio e um espaço seguro. “Tenho esperança de que lá teremos partos humanizados, algo que ainda é muito raro por aqui. Esse hospital representa mais do que uma obra: representa esperança para muitas mulheres da nossa cidade”, acrescenta.

Texto: Valéria Nascimento (SECOM)