Arteterapia ajuda a acolher pacientes de longa internação no Hospital Santa Rosa
11/11/2025
Em Abaetetuba, o Hospital Regional do Baixo Tocantins Santa Rosa (HRBT-SR) implementou a arteterapia como forma de aprimorar o atendimento aos pacientes internados. A prática é uma ferramenta que auxilia os pacientes a encontrar meios de enfrentar dificuldades, além de favorecer a humanização do cuidado, ao possibilitar a expressão pessoal e oferecer um ambiente propício ao lazer, atenuando o clima hospitalar.
A hospitalização, para os pacientes, é um momento muitas vezes difícil, repleto de estresse emocional, isolamento social, desconforto físico, perda de controle e impacto na qualidade de vida. Além disso, a ausência da rotina diária e o afastamento de entes queridos podem gerar ansiedade e solidão. Diante desse cenário, o Hospital Santa Rosa ressalta a importância de abordagens complementares para minimizar os impactos da internação e oferecer uma experiência mais humanizada.
Dessa forma, surgiu o Projeto Arteterapia, uma intervenção psicoterapêutica que alia a estimulação criativa — por meio de atividades de coloração e pintura — à escuta atenta da equipe de saúde às crianças internadas na ala pediátrica da clínica médica.
A arteterapia, voltada especialmente a pacientes em tratamento prolongado, tem como objetivo promover atividades artísticas manuais que ajudem a criar laços e resgatar a singularidade de cada pessoa. Os desenhos e as atividades são escolhidos conforme as preferências individuais, buscando resgatar aspectos da identidade de cada paciente.
Essa atividade criativa tem demonstrado resultados positivos, como a redução do estresse, o aumento da coordenação motora, o fortalecimento do convívio social, a elevação do ânimo e a diminuição da ansiedade. Para Claudemir Guimarães, diretor-geral do Hospital Santa Rosa, ações como essa fortalecem a missão da unidade de aprimorar a vivência do paciente.
“Todo esforço investido em projetos de humanização visa criar um ambiente que transcende o tratamento tradicional, com o genuíno propósito de humanizar o cuidado em saúde, reconhecendo a singularidade de cada pessoa. É uma ação simples, mas que transforma completamente a forma de cuidar do paciente”, afirma Guimarães.
A importância da arteterapia – De acordo com Antonilda Pinheiro, do setor de Humanização, a arteterapia no HRBT-SR é uma ferramenta essencial para promover a humanização durante internações longas. O serviço de psicologia resgata parte da história de vida de cada paciente, utilizando, nos desenhos, imagens e símbolos que os representam.
A assistente administrativa do setor de Humanização ressaltou: “A arteterapia é um recurso valioso no cuidado humanizado, pois oferece momentos de leveza, distração e expressão criativa, auxiliando as crianças a lidarem com o período de internação de maneira mais tranquila e positiva.”
Antonilda complementa: “É considerado um recurso psicoterapêutico eficaz, particularmente em situações de hospitalizações prolongadas. O serviço de psicologia busca restaurar a subjetividade do paciente, enfocando os níveis motor, cognitivo e psíquico. A escolha dos desenhos, baseada nas histórias, interesses e simbolismos pessoais de cada criança, visa à humanização do atendimento e a uma assistência integral durante a hospitalização.”
No Santa Rosa, a arteterapia tem sido fundamental para tornar o tratamento dos pacientes mais humano. Ray Henrique Cardoso, de 8 anos, um dos participantes do projeto, compartilha sua experiência.
“A arteterapia no hospital vai além de uma simples atividade; trata-se de um processo de transformação pessoal. Quando me dedico à arte, percebo que consigo afastar minhas preocupações e me concentrar completamente no desenho. Isso me oferece uma saída dos dias de internação e tem um efeito muito bom no meu bem-estar”, relata Ray.
Ações como essa evidenciam o comprometimento do Hospital Santa Rosa em oferecer uma assistência que vai além do tratamento médico convencional, destacando a importância de abordagens que integrem o cuidado emocional e psicológico à saúde física.
Texto: Wellington Hugles – Ascom/HRBT-SR


