Hospital do Baixo Amazonas usa tecnologia para desenvolver mobilidade de pacientes

Suporte auxilia criança na funcionalidade do braço

O paciente Renê Nogueira, de 9 anos, está internado há três meses na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional do Baixo Amazonas, Dr. Waldemar Penna (HRBA), em Santarém, no oeste do Pará, em tratamento de um problema no coração. Regularmente, ele recebe a visita da terapeuta ocupacional da unidade, que utiliza uma espécie de tala adaptada nos braços da criança.

A tala adaptada tem ajudado Renê a não perder os movimentos e também a não desenvolver lesões ou dores por conta do longo tempo que ele passa no leito. “O objetivo é preservar a funcionalidade que ele tem, através da postura. A tala auxilia no posicionamento dos punhos, para que não haja uma curvatura elevada. A longo prazo, estamos evitando edemas nas articulações, problemas de circulação, falta de força e outras comorbidades articulares”, explica a TO, Leila Oliveira.

“Ele melhorou bastante a questão das mãos, antes elas ficavam muito viradas. E ele gosta, se sente confortável utilizando, fica segurando. E para mim é muito importante vê-lo bem”, destaca a mãe do Renê, Cimara da Silva.

Já o Heitor Moreira tem 4 anos e é um paciente de longa permanência no Hospital Regional. Ele mora na unidade desde que nasceu, em tratamento de uma doença degenerativa rara, a Atrofia Muscular Espinhal (AME). E um suporte na palma das mãos permite ao pequeno mostrar suas habilidades artísticas, pintando e desenvolvendo a mobilidade.

“Mesmo sem a pressão palmar e a pinça fina, o adaptador de lápis permite ao Heitor fazer a movimentação existente, o balançar das mãos para conseguir pintar. Utilizamos o movimento que ele tem para dar autonomia nessa atividade. Fazemos este estímulo psicomotor e cognitivo com ele. Além do suporte, também usamos uma cinta postural para ajudar no desenvolvimento do paciente”, afirmou a terapeuta ocupacional do Regional.

Com o adptador de lápis, Heitor Moreira, de 4 anos, consegue movimentar o braço e pintar os desenhos

Tecnologia assistiva – Os suportes foram produzidos com materiais simples pelo setor de terapia ocupacional do HRBA e são denominados tecnologias assistivas, recursos que têm o objetivo de promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida.

O trabalho visa o bem-estar dos pacientes enquanto estão no ambiente hospitalar e também após a saída deles da unidade, prevenindo doenças e pioras na mobilidade dos usuários. “A internação hospitalar quebra uma rotina de movimentos, de atividades do dia a dia e o corpo também pode sentir esta mudança. Esta iniciativa, que à primeira vista parece simples, traz muitos benefícios aos pacientes assistidos. Ao mesmo tempo que os ajudamos a desenvolver suas habilidades motoras aqui dentro, também trabalhamos para prevenir outros problemas articulares. Isso é fundamental para o tratamento deles e mostra a excelência no nosso atendimento em saúde “, ressaltou o diretor Geral da unidade, Eder Lúcio de Souza.

SERVIÇO: O HRBA é referência em média e alta complexidade para uma população de 1,4 milhão de pessoas residentes em 30 municípios da região oeste do estado. A unidade, que pertence ao Governo do Pará, é administrada pelo Instituto Social Mais Saúde, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa ), e presta serviço 100% referenciado, atendendo à demanda originária da Central de Regulação do estado e fica localizada na Avenida Sérgio Henn, nº 1100, bairro Diamantino, em Santarém.

Texto: Ascom/HRBA

Fotos: Divulgação