Hospital Geral de Tailândia orienta sobre prevenção a Infecções Sexualmente Transmissíveis

Hospital Geral de Tailândia orienta sobre prevenção a Infecções Sexualmente Transmissíveis

19/12/2022 Off Por Roberta Vilanova

Equipe do HGT orienta usuários no Ambulatório sobre prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis

O Hospital Geral de Tailândia (HGT), no Sudeste do Pará, aderiu à campanha nacional “Dezembro Vermelho”, que alerta a população sobre a importância da prevenção e combate ao HIV/Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). A campanha promove a prevenção, assistência, proteção aos direitos das pessoas que vivem com ISTs. Até o final do mês o Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) da unidade realiza ações de educação em saúde destinadas aos usuários.

Seguindo o princípio de integração entre Atenção e Gestão da Política Nacional de Humanização, o HGT já realizou palestras na Recepção do Ambulatório, ministradas pela técnica em Enfermagem Luciene Dias, além de distribuir preservativos e material informativo.

A campanha “Dezembro Vermelho”, além de ajudar a prevenir e combater a infecção pelo HIV, tem um papel fundamental na luta contra o preconceito e estigma relacionados à Aids. Segundo Luciene Dias, mesmo em 2022 ainda há vários estigmas associados às pessoas soropositivas, e a campanha visa também romper preconceitos estruturados na sociedade.

Uma das usuárias que assistiu à palestra foi Regiane Silva, 40 anos, para quem “hoje em dia a doença está solta. Quanto mais pessoas adotarem a prevenção, melhor será para a saúde pública. Não sabia que o mês de dezembro era destinado para a conscientização, mas é essencial essa campanha. Sou mãe, e falo sobre o tema com meus dois filhos. É urgente. Eu vejo vários casos no cotidiano”.

Prevenção – A técnica em Enfermagem ressaltou algumas medidas de prevenção às ISTs, incluindo uso de preservativo; vacinação contra hepatite A (HAV), hepatite B (HBV) e HPV (Papilomavírus Humano); discutir com o parceiro sobre testagem para HIV e outras ISTs; fazer regularmente teste para HIV e outras ISTs e exame preventivo de câncer de colo do útero (colpocitologia oncótica).

“As Infecções Sexualmente Transmissíveis, mesmo sendo enfermidades conhecidas desde o princípio dos tempos, e tendo hoje em dia tratamento eficaz, na maioria dos casos ainda representam causas importantes de adoecimento. Existem ISTs que provocam desde sintomas e alterações predominantemente nos órgãos genitais (como verrugas, corrimentos vaginais e/ou uretras, e feridas nos genitais) até Aids e hepatites virais, que podem causar quadros que não dão alterações nas genitálias, mas podem comprometer gravemente, levando ao risco de morte as pessoas que são por elas acometidas”, informou o infectologista Márcio Uchoa.

O médico explicou ainda que a rede pública de saúde dispõe de recursos diagnósticos e terapêuticos que permitem o tratamento apropriado. A pessoa precisa apenas ir aos serviços de saúde, especialmente aos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), unidades especializadas no tratamento integral dessas patologias. “Como prevenção, o mais importante consiste nas medidas habituais de higiene pessoal, limitação do número de parceiros sexuais e, principalmente, tratamento das pessoas doentes e uso de preservativos em todas as relações sexuais”, orientou Márcio Uchoa.

O Sistema Único de Saúde (SUS) coloca à disposição da população estratégias e tecnologias mais avançadas para a prevenção da infecção pelo vírus, como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), além de ampliar o acesso ao diagnóstico precoce e às ações específicas para populações mais vulneráveis ao HIV, como pessoas trans, gays, trabalhadores do sexo, população privada de liberdade e usuários de álcool e outras substâncias.

As ações de conscientização são realizadas para os usuários na Recepção do Ambulatório

Dados nacionais – De acordo com o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, em 2020 cerca de 920 mil pessoas viviam com HIV no Brasil, das quais 89% foram diagnosticadas, 77% faziam tratamento com antirretroviral (medicamentos) e 94% das pessoas em tratamento não transmitiam o HIV por via sexual por terem atingido carga viral indetectável (intransmissível). No Brasil, em 2019 foram diagnosticados 41.919 novos casos de infecção por HIV e 37.308 casos de Aids.

A maior concentração de casos de Aids está entre jovens de 25 a 39 anos, de ambos os sexos, com 492,8 mil registros. Os casos nessa faixa etária correspondem a 52,4% das ocorrências entre homens e 48,4% entre mulheres.

O HGT possui 51 leitos e mantém uma Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) com nove leitos, sendo seis adultos e três pediátricos. Os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) têm acesso aos serviços oferecidos pelo HGT por meio da Central de Regulação Municipal, e casos de urgência e emergência são atendidos em livre demanda ou encaminhados pelo Samu, Corpo de Bombeiros Militar e Polícia Rodoviária.

Serviço: O HGT é uma unidade de saúde do Governo do Pará, administrada pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Está localizado na Avenida Florianópolis, Bairro Novo. Mais informações pelo fone (91) 3752-3121.

Texto: Pedro Amorim/HGT

Fotos: Divulgação