Hospital Materno-Infantil de Barcarena destaca os riscos da gravidez na adolescência

Hospital Materno-Infantil de Barcarena destaca os riscos da gravidez na adolescência

14/03/2023 Off Por Roberta Vilanova

Equipe da unidade debateu o assunto com futuros profissionais de enfermagem, na Vila dos Cabanos

Os riscos da gravidez na adolescência foram tema de uma roda de conversa promovida pelo Hospital Materno-Infantil de Barcarena – Dra. Anna Turan (HMIB), na região do Baixo-Tocantins, na última semana, para os alunos do curso técnico de enfermagem do Instituto de Educação Permanente da Amazônia (IEPAM), na Vila dos Cabanos.

“Houve esclarecimento sobre o uso dos métodos contraceptivos e a forma como devem ser utilizados, a importância de uma rede de apoio, os riscos de uma gravidez não planejada, e as consequências emocionais e socioeconômicas para as jovens mães. Os enfermeiros citaram a educação sexual como forma de conscientização do público-alvo dando ênfase na prevenção de infecções sexualmente transmissíveis”, destacou a participante Carla Martins.

A aluna Ingrid Magno, de 27 anos, ressaltou, que apesar de ser uma questão bastante discutida, ainda é necessário debatê-la não apenas entre profissionais e estudantes da área da saúde. “O tema é sempre atual e traz novas vertentes. Antigamente, somente se discutia os meios de prevenção dessa gravidez, hoje, já se discute os efeitos não apenas na jovem mãe, mas também na sociedade”, pontuou.

A jovem ainda enfatiza a qualificação da equipe do HMIB. “É possível perceber que são profissionais cientes da realidade local e social, humanizados, e que não imputam a essa adolescente uma culpa única. Eles conseguem passar que as consequências e meios que levaram a essa gestação não planejada são um problema estrutural”, acrescentou.

Programação – O coordenador de enfermagem do HMIB, Willian Santos, frisou., durante as orientações, que a gravidez na adolescência é um grave problema de saúde pública, já que traz uma série de impactos físicos, psicológicos e sociais para a vida de meninas e bebês. Para as gestantes, esses impactos vão desde o desenvolvimento de problemas de saúde física e mental até a dificuldade de retomar os estudos e conseguir ingressar no mercado de trabalho.

Para o profissional, falar sobre gravidez na adolescência numa instituição técnica, com futuros profissionais de enfermagem, foi de grande relevância. “Foi reforçado sobre a forma de abordar esse tema com os adolescentes, como rodas de conversa, trabalhando com produção de materiais, produzindo uma mídia efetiva no TikTok, nas redes. Isso é fundamental. Rodas de discussão são mais efetivas. O adolescente tem que conversar mais sobre o cotidiano e a importância da autoestima”, explicou.

Outro tópico abordado durante a programação foi sobre a importância do início precoce do pré-natal, para a diminuição dos riscos. “Uma gravidez de alto risco, que seria de 10 a 15 anos, pode ter o risco bem diminuído se for feito esse acompanhamento físico, psicológico e social precocemente, com data elegível para no máximo até a dÉcima segunda semana de gestação”, disse.

A gerente assistencial do HMIB, Kérina Quaresma, destacou que a ação teve como objetivo munir os futuros profissionais de informações e dicas de como abordar o assunto com os adolescentes e esclarecer dúvidas sobre os impactos causados por uma gravidez precoce.

“É um assunto relevante e de suma importância para políticas públicas, que deve ser sempre reforçado com intuito de conscientização e prevenção. E a ampliação de discussão do tema por meio de campanhas, rodas de conversa são essenciais”, enfatiza a gestora.

Já o diretor executivo do HMIB, Flávio Marcosini, reforça que o HMIB tem investido em ações educativas que ultrapassem os muros da unidade para levar conhecimento para a comunidade local. “Somos uma unidade que não se preocupa somente com o bem-estar e qualidade das mulheres que são atendidas aqui, por esse motivo, temos trabalhado iniciativas no entorno,” reforçou o gestor.

Serviço – O HMIB é uma unidade 100% gratuita, do Governo do Estado do Pará, operacionalizado pelo Instituto Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), através de um contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

Texto: Ascom/HMIB

Foto: Divulgação