Psicóloga da Policlínica de Tucuruí alerta sobre esquecimento e lapsos de memória

Psicóloga da Policlínica de Tucuruí alerta sobre esquecimento e lapsos de memória

31/07/2025 Off Por ASCOM

Lapsos de memória podem indicam estresse, ansiedade e outras condições emocionais

Você já esqueceu onde deixou as chaves, um compromisso importante ou até uma palavra na ponta da língua? Esses esquecimentos podem parecer comuns, mas quando se tornam frequentes e começam a atrapalhar a rotina, eles podem indicar algo mais sério do que simples cansaço. A psicóloga Jordana da Silva Ferreira, da Policlínica Lago de Tucuruí, no sudeste do Pará, alerta para a importância de observar esses sinais e buscar ajuda profissional quando necessário.

“Esquecer alguma coisa de vez em quando é normal, mas a diferença está na frequência e no impacto que esses lapsos têm na vida da pessoa”, explica Jordana. Ela destaca que esquecimentos frequentes acompanhados de ansiedade, tristeza, irritabilidade ou apatia merecem atenção psicológica. “Se essas falhas afetam o trabalho, os estudos ou os relacionamentos, é hora de procurar ajuda”, recomenda.

Estresse –O que muitos não sabem é que o estresse e a ansiedade elevam os níveis de cortisol no organismo, um hormônio que prejudica o funcionamento do hipocampo — região cerebral responsável pela formação de memórias. Além disso, a ativação excessiva da amígdala mantém o cérebro em alerta constante, reduzindo a atenção e a capacidade de concentração. “O córtex pré-frontal, que cuida do planejamento e da tomada de decisões, também sofre com esse impacto, dificultando o foco e a execução de tarefas simples”, detalha a psicóloga.

Embora muitos associam lapsos de memória a pessoas mais velhas, Jordana alerta que jovens, mesmo com menos de 30 anos, podem apresentar sintomas relacionados à saúde mental, como estresse crônico, burnout e distúrbios do sono, que comprometem a memória e a concentração.

O esgotamento invisível – A fadiga mental ocorre quando o cérebro está cansado por esforços prolongados, principalmente em ambientes cheios de estímulos e pressão. “Ela reduz a eficiência das conexões neurais e a energia disponível para as funções cognitivas, deixando a pessoa com a sensação de pensamento lento, esquecimento fácil e dificuldade para se concentrar”, explica.

Para cuidar da mente e reduzir esquecimentos, a psicóloga recomenda manter uma rotina de sono regular e de qualidade, praticar exercícios físicos, ter uma alimentação balanceada rica em antioxidantes e ômega-3, e fazer atividades que estimulem o cérebro, como leitura e aprendizagem contínua. Técnicas de relaxamento como meditação e respiração profunda ajudam a controlar o estresse, enquanto organizar tarefas com listas e lembretes evita a sobrecarga mental. “Evitar o uso excessivo de telas e fazer pausas durante tarefas também é essencial”, completa.

Policlínica Lago de Tucuruí

Atendimento – Na Policlínica de Tucuruí, o acolhimento psicológico envolve escuta especializada e terapia cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a entender e reorganizar seus pensamentos, reduzindo o impacto emocional dos esquecimentos. “O objetivo é promover autonomia para que o paciente aprenda a modificar comportamentos e melhorar sua qualidade de vida”, afirma Jordana. Em casos que exigem, a equipe também encaminha para acompanhamento com psiquiatra e neurologista.

Serviço: Para ter acesso aos serviços da Policlínica, é necessário que o usuário passe pelo sistema de regulação, após atendimento e avaliação inicial na atenção primária de saúde, como postos de saúde e Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Também, o paciente pode agendar direto a especialidade de clínico geral, através do Call Center, no número (94) 9186-8155.

A Policlínica Lago de Tucuruí é uma unidade totalmente pública, com todos os atendimentos sem nenhum custo aos usuários. Está localizada na Avenida Raimundo Veridiano Cardoso, nº 1008, no bairro Santa Mônica. A Poli é administrada pelo Instituto de Saúde e Social da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

Texto: Roberta Paraense/Policlínica Metropolitana

Fotos: Divulgação