Sespa debate estratégias para melhorar cobertura vacinal em nove municípios do Marajó

Sespa debate estratégias para melhorar cobertura vacinal em nove municípios do Marajó

30/11/2021 Off Por Roberta Vilanova

Leonardo Barbosa, da Coordenação Estadual de Imunizações, fala sobre Movimento de Imunobiológicos

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio do 7º Centro Regional de Saúde (CRS), realizou na segunda (29) e nesta terça-feira (30), em sua sede, em Belém, uma reunião técnica sobre imunização com os coordenadores municipais das áreas de Atenção Básica, Imunização e Vigilância em Saúde dos nove municípios do Arquipélago do Marajó que integram o 7º CRS.

O objetivo da reunião foi identificar as principais dificuldades e propor novas estratégias para aumentar as coberturas de todas as vacinas disponíveis pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, nos municípios de Afuá, Cachoeira do Arari, Chaves, Muaná, Ponta de Pedras, Santa Cruz do Arari, Salvaterra, São Sebastião da Boa Vista e Soure.

O evento contou com a participação de 21 técnicos desses municípios, e teve como palestrantes, pelo 7º CRS, o diretor do Centro Regional, Valdinei Silva Júnior; o chefe da Divisão de Vigilância em Saúde, Yuri Silva; a coordenadora de Imunizações, Francine Marques, e a cirurgiã-dentista Clarissa Oliveira. Já a Coordenação Estadual de Imunizações foi representada pelo técnico em Enfermagem Leonardo Barbosa.

Yuri Silva, chefe da Divisão de Vigilância em Saúde do 7º CRS

Dificuldades – Segundo Yuri Silva, a equipe reduzida e a instabilidade da internet são os principais problemas enfrentados pelos municípios, que prejudicam a alimentação do Sistema de Informações do PNI (SI-PNI), Sistema de Informação de Insumos Estratégicos (SIES) e do E-SUS Módulo Imunização, o que reflete diretamente nas informações divulgadas sobre as coberturas vacinais. “Muitas vezes, o município está vacinando a sua população, mas os resultados não aparecem de imediato no sistema, escondendo a real situação da cobertura vacinal no município”, explicou.

Yuri Silva informou que os municípios que enfrentam mais dificuldades são Chaves, Santa Cruz do Arari e Afuá. “A maior dificuldade é chegar às populações ribeirinhas, devido à geografia da região e à falta de estrutura nessas comunidades, como falta de energia elétrica para manter a sala refrigerada e armazenar vacina para atender essa população. Outro problema é diminuição do volume de água nos rios de alguns municípios, que acontece anualmente no segundo semestre, tornando a locomoção hidroviária quase impossível”, relatou. “Fazer vacina exige uma estrutura mínima específica para garantir a qualidade do imunobiológico e atender adequadamente a população”, acrescentou.

Francine Marques, coordenadora de Imunizações do 7º CRS

De acordo com a coordenadora Francine Marques, para reduzir os impactos desses fatores, o Centro Regional está trabalhando em conjunto com as equipes municipais, ouvindo as demandas e promovendo uma maior integração entre eles, para que seja possível organizar a estratégia de trabalho, incluindo a sensibilização dos gestores municipais para que apoiem mais a realização das ações. “O cadastro de sua população, por exemplo, é fundamental dentro da estratégia de Atenção Básica. Pois saber o quantitativo populacional e sua faixa etária facilita muito as estratégias de imunização”, enfatizou.

Texto: Roberta Vilanova/Sespa
Fotos: José Pantoja/Sespa