Sespa promove Fórum Estadual sobre Mudanças Climáticas para debater impactos na saúde pública

Sespa promove Fórum Estadual sobre Mudanças Climáticas para debater impactos na saúde pública

21/10/2025 Off Por ASCOM

Secretária-adjunta de Gestão de Políticas de Saúde da Sespa, Heloísa Guimarães, na abertura do evento

Nesta segunda e terça-feira, 20 e 21 de outubro, gestores, técnicos e profissionais da saúde de diversos municípios paraenses participam do Fórum Estadual sobre Mudanças Climáticas e o Impacto no Processo Saúde-Doença: Diálogos Intersetoriais para o Fortalecimento dos Serviços de Saúde. Promovido pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), no Nível Central, o evento reúne representantes de órgãos estaduais, municipais, do Ministério da Saúde e do controle social, com o objetivo de debater os efeitos das mudanças climáticas na saúde da população e propor estratégias integradas para enfrentá-los.

“Daqui a poucos dias, Belém vai receber a COP30, e este é um fórum importantíssimo para que possamos debater com qualidade o tema. É um momento oportuno para sairmos com diretrizes claras, ouvindo todas as necessidades e atingindo nossos objetivos”, afirmou a secretária-adjunta de Gestão de Políticas de Saúde, Heloísa Guimarães, na abertura do evento.

Durante as discussões do primeiro dia, foram enfatizados os impactos diretos das mudanças climáticas na Amazônia, especialmente os períodos de seca e queimadas, que têm agravado doenças respiratórias, prejudicado o meio ambiente e dificultado o acesso à saúde em regiões mais isoladas. Profissionais que atuam na ponta relataram desafios para levar atendimento a populações afetadas por enchentes e estiagens e destacaram a importância da conscientização social sobre os efeitos das ações humanas no clima.

Coordenadora estadual de Educação em Saúde da Sespa, Taíse Neves Carvalho

“Falar de clima é falar de saúde, de direitos humanos, de justiça social e ambiental, mas principalmente é falar sobre as pessoas. Sempre que pensamos em crise climática, precisamos considerar a resiliência dos serviços de saúde e como trabalhadores e gestores podem oferecer esses serviços”, afirmou Danielle Rocha, presidente do Conselho Estadual de Saúde.

Os debates também ressaltaram a integração entre os sistemas de monitoramento ambiental e de saúde, incluindo informações sobre qualidade do ar, da água e dados meteorológicos, para subsidiar decisões e fortalecer o planejamento de ações preventivas. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) apresentou a Lei nº 4.739, que institui o Programa de Combate e Prevenção a Incêndios Florestais, destacando a redução significativa dos focos de incêndio em comparação ao ano anterior — resultado da atuação conjunta entre órgãos estaduais e municipais.

O encontro destaca a importância da articulação entre diferentes áreas da gestão pública, como as diretorias de Vigilância em Saúde e de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, mostrando como a cooperação entre setores estratégicos gera avanços significativos nas políticas públicas de saúde e meio ambiente. A iniciativa reforça o compromisso do estado em atuar de forma coletiva diante dos desafios climáticos e sanitários.

“Mais uma vez, estamos comprovando que a integração entre áreas estratégicas faz grande diferença no nosso trabalho e no avanço de temáticas essenciais para o estado, especialmente em um ano atípico, com os debates ambientais no centro das discussões e atenção mundial voltada para nossa região”, afirmou a coordenadora estadual de Educação em Saúde da Sespa, Taise Neves Carvalho.

O fórum é uma ação prevista no Plano Estadual de Educação Permanente em Saúde (2024–2027) e ocorre em momento estratégico, às vésperas da COP30. As discussões locais servem como preparação para o debate internacional sobre o clima, reforçando o papel do Pará como protagonista na  agenda ambiental e de saúde pública. A expectativa é que os resultados contribuam diretamente para a Carta de Belém, documento que deve consolidar propostas do estado na COP30.

Texto: Ascom/Sespa