
Sespa vai implantar sistema de notificação de medicamentos antifúngicos
22/05/2025Entre os dias 26 e 27 de maio, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (SESPA) realizará em Belém uma Oficina de Implantação de Vigilância das Micoses Endêmicas e Oportunistas, em parceria com o Ministério da Saúde.
As micoses são infecções causadas por fungos, cujas formas infectantes estão intimamente relacionadas ao bioma e a fatores geoclimáticos, tais como solo, vegetação, clima, umidade e altitude. Com poucas exceções, a carga dessas doenças é amplamente desconhecida e subestimada, especialmente em países de clima tropical e subtropical. Entre os tipos mais comuns estão a criptococose, aspergilose, esporotricose e Histoplasmose.
O tratamento das micoses é feito com uma série de medicamentos antifúngicos e pode estar disponível em formulações oral e parenteral. Um dos objetivos do evento é introduzir a ferramenta “Micosis”, plataforma informatizada que permite a notificação, solicitação e dispensação de antifúngicos utilizados no tratamento das micoses endêmicas e oportunistas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
O sistema tem sido implantando pelo MS gradualmente em todos os Estados para monitorar, ainda, o perfil epidemiológico das micoses no Brasil e alinhar o fluxo de distribuição dos medicamentos, em favor do aperfeiçoamento de medidas de prevenção e ações de controle adequadas.
A medida também comporta elaborações de documentos destinados a estabelecer protocolos de vigilância e instruções de manejo clínico, com o objetivo de auxiliar os profissionais de saúde na vigilância, identificação de casos e tratamentos adequados.
Para a responsável pela Vigilância das Micoses Endêmicas na Sespa, Adriana Leal, é essencial para o alinhamento da prevenção, assim como tratar oportunamente os pacientes e evitar a evolução para casos graves. O sistema também será um instrumento para definir as medidas de prevenção e controle adequadas frente ao perfil epidemiológico das micoses no Pará e no restante do território nacional.
“De iniciativa tripartite, entre o Ministério de Saúde, o Estado e os municípios, a implantação das vigilâncias destas doenças trará mais respostas à população e o sistema informatizado facilitará a atuação dos profissionais de saúde e dos gestores para que se possa fazer mais para atender a população”, disse.
A atividade será conduzida por técnicos da Coordenação Geral de Tuberculose, Micoses endêmicas e Micobacterioses não Tuberculosas no auditório do Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (Unifamaz), em Belém, e contará com a participação de técnicos dos Centros Regionais de Saúde, hospitais e municípios da região metropolitana.