9° Centro Regional de Saúde atua no assessoramento de 20 municípios

9° Centro Regional de Saúde atua no assessoramento de 20 municípios

28/06/2023 Off Por Roberta Vilanova

Antônio José Junior, diretor interino do 9° Centro Regional de Saúde, da Sespa

Os Centros Regionais de Saúde são unidades administrativas da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), distribuídas em todo o território paraense visando descentralização de serviços e redução das barreiras geográficas para melhor atender ao cidadão.

O 9° Centro Regional de Saúde (9° CRS), que fica localizado em Santarém, assessora e monitora 20 municípios de duas regiões de Saúde, Baixo Amazonas e Tapajós.

Antônio José Junior, diretor interino do 9° Centro Regional de Saúde, da Sespa, explica que a equipe da regional enfrenta desafios específicos da região, mas as conquistas positivas são bem maiores.

“As distâncias entre os municípios são um grande desafio para nosso trabalho. Para chegar em Faro, município na divisa com o Estado do Amazonas, é uma viagem de 24 horas de barco, mas nossos servidores vão onde precisam ir, por isso estamos avançando e temos muitas conquistas na saúde da população da região. Já estamos ampliando o serviço de Regulação de Urgência e Emergência e o mudamos o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II) para um local com mais infraestrutura”, conta.

Com sede em Santarém, o 9º CRS abrange as regiões do Tapajós e Baixo Amazonas

Faz parte da atuação do 9°CRS, o monitoramento, assessoramento das equipes de saúde dos municípios e a qualificação dos indicadores da Atenção Primária à Saúde, no âmbito do Previne Brasi nas áreas estratégicas do Pré-Natal, saúde da mulher, vacinação, coleta do exame preventivo e doenças crônicas, como explica Irlana Siqueira de Souza, diretora técnica e referência técnica da Atenção Primária à Saúde.

“O papel do Estado é promover o monitoramento, capacitação e assessoramento técnico aos municípios, para melhorar a assistência prestada aos usuários. Focamos nosso trabalho no fortalecimento das políticas de saúde dos municípios, em destaque para a saúde do idoso, saúde da criança, saúde do adolescente, saúde da mulher e saúde mental e educação permanente”, explica Irlana.

As capacitações promovidas pela Sespa aos servidores do município podem surgir de uma demanda dos municípios em determinados temas. A equipe da Sespa e dos Centros Regionais de Saúde se deslocam para o município que necessita do suporte.

“Ultimamente estamos tendo uma demanda grande de capacitações sobre vacinação e sobre saúde da mulher. Mas também fazemos o diagnóstico situacional dos municípios para saber o que eles têm de capacidade instalada, quantos hospitais, quais serviços estão oferecendo para a população, quais as especialidades médicas, se tem ginecologista, obstetra, pediatra, para a gente saber de que forma vamos trabalhar a nossa rede e auxiliar os municípios a reduzir os índices de mortalidade materna, infantil e fetal”, ressalta a diretora técnica.

Fernando Melo, que atua como referência técnica de saúde do homem e saúde da pessoa idosa, no 9°CRS, conta que a saúde do homem também é uma temática que tem muito destaque nos assessoramentos nos municípios.

“Temos uma grande demanda de ações focadas na saúde do homem, principalmente na questão focada em evitar acidentes de trânsito para reduzir a mortalidade e morbidade que resultam desses acidentes. A saúde fica com a parte mais onerosa do acidente, que é o acolhimento e o tratamento do acidentado, por isso precisamos trabalhar um conjunto de ações que levam ao acidente”, avalia Fernando.

Segundo o servidor, que é referência técnica de saúde do homem, um grande desafio é tornar esse homem visível para o sistema público de saúde.

“Trabalhamos para tirar a saúde do homem da invisibilidade e desconstruir o conceito de que homem não adoece. Precisamos deixar claro que as Unidades Básicas de Saúde dos municípios são a porta de entrada para o sistema de saúde, tem que enxergar o homem e todas as outras pessoas que procuram atendimento, uma das ações que incentivamos é o município promover o pré-natal do parceiro, para que esse homem acompanhe todo o processo de gestação da companheira e também cuidar da própria saúde para estar presente na vida da criança que vai nascer”, diz Fernando.

Texto e fotos: Melina Marcelino/Sespa