CIIR inova e inclui prática de Pólo Aquático adaptado na reabilitação de pessoas com deficiência

A modalidade traz benefícios para o corpo e a mente, contribuindo com a saúde e o bem-estar do usuário

Para aumentar o leque de esportes adaptados que potencializam a reabilitação de Pessoas com Deficiência (PcD’s), a equipe multiprofissional do Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, inova ao proporcionar plano terapêutico com a inserção do Polo Aquático adaptado. A modalidade traz benefícios para o corpo e a mente, contribuindo assim, com a saúde e o bem-estar da comunidade assistida pela instituição.

Segundo o terapeuta que conduz a atividade, João Rodrigues, profissional de educação física, a prática garante ganho cardiorrespiratório, força muscular, equilíbrio corporal e favorece também a interação social entre os praticantes.

“Além do mais, a terapia estimula o tônus muscular, a coordenação motora e a noção espacial. Tudo para que o usuário possa facilitar a inclusão social na sua rotina fora do CIIR. De acordo com o perfil do reabilitando, monta-se um plano terapêutico que incluiu o esporte adaptado como um dos suportes em seu acompanhamento”, pontua o profissional.

Semanalmente, Felipe pratica atividade esportiva adaptada, no CIIR

Diagnosticado com paralisia cerebral, o reabilitando Felipe Soares, de 28 anos, realiza, semanalmente, a prática de esportes adaptados. Segundo a mãe, Margareth Soares, de 53 anos, a nova terapia esportiva irá trazer mais benefícios e complementar com as outras para a evolução clínica do rapaz, como a melhora da sua coordenação e do equilíbrio.

“Atualmente, o Felipe já segura os objetos. Na piscina, por exemplo, nas atividades, ele não precisa mais do auxílio do terapeuta para ficar emerso na água. Em quatro anos de reabilitação, o meu filho consegue realizar movimentos do vôlei, por exemplo, como bater na bola simulando um saque. Então, é uma evolução significativa porque, antes, era totalmente dependente. Claro, dentro de seus limites, o Felipe realiza algumas tarefas de forma autônoma”.

Segundo o profissional, especificamente, para uma pessoa com o diagnóstico de paralisia, a locomoção tem suas limitações. Por este motivo, durante a prática do Polo Aquático, o terapeuta colocou o Felipe como goleiro para que ele estimule os comandos do corpo.

“Eu percebi que essa locomoção, em vários pontos da piscina, iria ser difícil se ele ficasse na função de jogar de linha, então, planejei deixá-lo em pé e fixo no gol para potencializar o equilíbrio corporal, mesmo ele segurando na barra posta na barda da piscina. Se ele imergir após realizar uma defesa em um lance na atividade, é estimulo a ter o reflexo de emersão. Com isso, trabalhamos também a independência e qualidade de movimentos”, pontua João Rodrigues.

Além do polo Aquático, o CIIR oferta a prática da canoagem, vôlei, boxe, judô, bocha e basquete, adaptados, como suporte terapêutico no acompanhamento em reabilitação direcionado às Pessoas com Deficiência.

O CIIR é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência (PcDs) visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem ter acesso aos serviços do Centro por meio de encaminhamento das unidades de Saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação Estadual (SER).

Serviço: O CIIR é um órgão do Governo do Pará administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Centro funciona na rodovia Arthur Bernardes, n° 1.000, em Belém. Mais informações: (91) 4042.2157 / 58 / 59.

Texto: Pallmer Barros/CIIR

Fotos: Divulgação