Sespa afirma que não há surto de mpox no Pará

Sespa afirma que não há surto de mpox no Pará

28/04/2025 Off Por Mozart Lira

Fotos: José Pantoja (Ascom/Sespa)

O secretário adjunto de Gestão de Políticas de Saúde, Sipriano Ferraz, e o secretário de Saúde de Belém, Romulo Nina, afirmaram que o Pará não apresenta, oficialmente, surto de mpox. Durante entrevista coletiva ocorrida nesta segunda-feira, 28, na sede da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) em Belém, ambos reforçaram que o governo do Pará e a prefeitura de Belém estão alinhados e comprometidos em fortalecer as medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença em todo o Estado.

“É oportuno tranquilizar a população de que não há surto de mpox tanto em Belém e em todo o Pará de forma oficial. O mesmo eu digo que há epidemia ou pandemia a respeito. Afirmo também que os serviços de saúde já possuem recomendações da Sespa para o monitoramento e acompanhamento da doença, para ajudar a população preventivamente”, disse Sipriano Ferraz.

Para o secretário, é fundamental que os profissionais dos municípios estejam atentos com os fluxos de notificação e diagnóstico que já estão bem estabelecidos pela Sespa, que segue as diretrizes do Ministério da Saúde para que a doença não se propague.

Sipriano Ferraz também alertou que, quando o assunto é saúde, é muito importante que a população procure fontes oficiais e confiáveis para se informar e tomar decisões. “Fiquem atentos às notícias que estão sendo consumidas e não acreditem em tudo que aparece ou é comentado nas redes sociais e na internet em geral. Verifiquem a fonte antes de repassar o conteúdo e ajude no combate à desinformação”, disse.

Transmissão

A mpox é transmitida pelo vírus homônimo, por meio de pessoas, animais ou objetos contaminados, e tem como principais sintomas erupções cutâneas e lesões na pele, que podem surgir em qualquer parte do corpo, inclusive nos órgãos genitais.

“A doença pode se espalhar entre pessoas e, ocasionalmente, do ambiente para pessoas, por meio de objetos e superfícies que foram tocados por um paciente infectado”, afirmou Rômulo Nina, secretário de Saúde de Belém. Os demais sinais e sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores no corpo, calafrios, exaustão, inchaço nos gânglios (ínguas).

Embora qualquer pessoa possa ser infectada pelo vírus, os grupos considerados de maior vulnerabilidade para formas mais graves da doença são pessoas com o sistema imunológico comprometido, gestantes e crianças.

É imprescindível a busca por atendimento nas unidades básicas de saúde e unidades de pronto atendimento (UPAs), caso haja o aparecimento de sintomas e, sobretudo, de lesões em órgãos genitais e demais áreas da pele.

Para se prevenir contra a mpox, a recomendação é a de evitar o contato com pessoas confirmadas com a doença ou com suspeita de infecção pelo vírus; estar atento para o compartilhamento de objetos pessoais, como toalhas, lençóis e escovas de dentes, lavar as mãos regularmente e higienizar os itens de uso diário. Importante ainda o uso de preservativos e de máscaras, da lavagem das mãos e do isolamento social em casos de suspeita ou confirmação do diagnóstico.

tempo de intervalo entre o contato com o vírus e o início da manifestação da doença é entre 3 a 16 dias. A partir do desaparecimento das erupções na pele, a pessoa infectada deixa de transmitir o vírus. As lesões podem ser planas ou com relevo, com a presença de líquido claro ou amarelado, e tendem a surgir em qualquer parte do corpo. Como a maioria dos casos confirmados a transmissão ocorreu em um contato sexual, a erupção na pele ocorreu em áreas genitais.

No Pará, após a suspeita clínica, o diagnóstico é confirmado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). O tratamento da Mpox é baseado em medidas de suporte clínico, com foco no alívio dos sintomas, na prevenção e no tratamento de eventuais complicações e na redução de possíveis sequelas. A maioria dos casos apresenta evolução com sinais e sintomas leves a moderados. Até o momento, não há medicamentos aprovados especificamente para o tratamento da doença. O recomendável é ficar em repouso, estar bem hidratado e seguir com medicações para amenizar sintomas, como a dor e a febre.

No Pará, em 2023, foram contabilizados 27 casos, com um óbito registrado em Belém. Em 2024, foram 64 casos, sem registro de mortes. Em 2025, até o dia 23 de abril, foram confirmados 19 casos, sendo 14 em Belém, 3 em Ananindeua, 1 em Marituba e 1 caso importado de outro Estado.