Abelardo Santos já realizou  250 tipos de exames laboratoriais e dispõe de 350 especificações de diferentes análises

Abelardo Santos já realizou 250 tipos de exames laboratoriais e dispõe de 350 especificações de diferentes análises

23/06/2021 Off Por Roberta Vilanova

O laboratório oferta cerca de 350 tipos de análises

A pandemia do novo coronavírus multiplicou a emergência na saúde pública e privada. A ocasionalidade também gerou uma grande corrida para o setor de diagnósticos, a qual saiu mais fortalecida e preparada do momento atípico vivido por todos. No período mais intenso dos atendimentos aos pacientes de Covid-19, o laboratório do Hospital Regional Dr. Abelardo Santos – HRAS, no distrito de Icoaraci, em Belém, alcançou a marca de 49 mil exames mensais. Em 21 dias da retomada total do perfil da unidade, o setor realizou 33.681 exames, com a previsão de chegar à casa dos 40 mil, até o final do mês.

O maior Hospital da Rede Pública do Governo do Estado, conta com a capacidade de realizar, dentro da própria instituição, até 350 especificações de exames laboratoriais.  No entanto, desde a sua inauguração, no dia 19 de setembro de 2019, o laboratório da unidade, demandou 250 tipos de exames, conforme a necessidade dos atendimentos, até hoje. O serviço atende toda a demanda hospitalar de Urgência e Emergência adulto e infantil, internação em diversas especialidades médicas, nefrologia (pacientes de diálise), Terapia Intensiva, adulto, infantil e neonatal, ginecologia e obstetrícia e o ambulatório geral do Hospital.

“Pouco vistos nos atendimentos, os profissionais dos laboratórios são também grandes responsáveis por um atendimento célere e assertivo dos pacientes. Através da Secretaria de Estado de Saúde Pública, o Abelardo Santos, tem alcançado marcas inéditas em diversos setores. O Laboratório do HRAS, por exemplo, chegou a registrar quase 50 mil exames mês, durante a segunda onda da covid no Pará. Os profissionais que atuam no laboratório de análises clínicas, se deparam com o desafio de contribuir para o diagnóstico correto da doença e de outras patologias, paralelemente”, observou o titular da Sespa, Romulo Rodovalho.

O laboratório de análises clínicas é responsável por 95% das condutas médicas e, no caso do coronavírus, o setor atende pela comprovação etiológica, como também contribui para o monitoramento da doença e a determinação do seu prognóstico. “As solicitações são feitas, via sistema, e os nossos técnicos são chamados para efetuar a coleta, que posteriormente levam ao laboratório para a análise, que é realizada por nossos biomédicos e analistas clínicos”, explicou Ana Kelly Gomes, coordenadora do setor.

A farmacêutica-bioquímica, ainda reforça que, entre os exames laboratoriais, estão, também, entre as transoperatórias. “Atualmente, o setor realiza os exames de bioquímica, imunologia e hormônios, hematologia e coagulação, parasitologia, urinálise e microbiologia. Ao total, são cerca de 250 tipos de análises ofertadas”, ressaltou.

Durante os atendimentos da Covid-19, onde o hospital readaptou 220 leitos a estes pacientes, a média de exames foi de quase 10 mil a mais que o normal. “Nesse período, tivemos uma mudança no perfil de solicitações médicas, como por exemplo, o aumento abrupto do número de pedidos para Dímero-D, exame que indica a presença de coágulo intravasculares, ou seja, a presença de trombose, em quadro relacionado ao agravamento do doente de Covid-19”, disse a farmacêutica-bioquímica.

O setor realizou 33.681 exames e deve chegar a 40 mil, até o final do mês

Profissionais – Por trás do atendimento dos usuários, os 46 colaboradores do laboratório, dão vazão ao atendimento assertivo. A equipe está dividida entre os biomédicos, técnicos de enfermagem e laboratórios e os auxiliares administrativos. O técnico de laboratório, Oswaldo Imbiriba Guerreiro Neto, de 34 anos, trabalha na unidade desde 2019. Ele garante que sua carreira profissional está dividida em duas partes: antes e depois dos atendimentos da covid-19. “Vejo, hoje, a vida diferente de antes. Mas me sinto uma pessoa vitoriosa por ter conseguido triunfar e superar todas essas batalhas impostas pela pandemia”, resumiu.

A biomédica Luana, garante que foi um período de muitos desafios. “Na pandemia, ninguém estava preparado com a demanda. Acredito que valeu o trabalho, porque muitas pessoas estavam precisando da gente. Tudo aumentou: a demanda no laboratório, os pedidos de exames, foi uma guerra. Entregamos o nosso melhor no trabalho e na humanização”, relembrou. Luana disse, que mesmo fora da escala, ela fazia questão de ir ao hospital, para ajudar os outros profissionais de saúde.  “Vinha de forma voluntária auxiliar o serviço social, sobretudo, quando eles iam passar as informações dos pacientes, para que o familiar ficasse mais tranquilo, com uma notícia de quem estava no hospital”, comentou.

Demanda – O diretor executivo do Hospital Abelardo Santos, Marcos Silveira, detalha que o setor voltou de forma gradual, atendendo às demandas conforme a necessidade da alteração do perfil da unidade. “Os leitos de covid-19, foram fechando aos poucos, nesta segunda onda. Chegamos a ter 220 leitos, com ocupação chegando, em alguns períodos, a quase 90%. Percebemos que saímos deste período, fortalecidos e mais preparados para dar continuidade a um atendimento rápido e, sobretudo, humano aos usuários de todas as regiões do Estado”, avaliou o gestor.

Texto: Secom