Doença de Chagas é alvo de ação com estudantes em São Sebastião da Boa Vista

Doença de Chagas é alvo de ação com estudantes em São Sebastião da Boa Vista

19/06/2024 Off Por Mozart Lira

A Tripanossomíase americana, também conhecida como Doença de Chagas, é uma enfermidade de fase aguda e crônica transmitida pelo inseto triatomíneo (barbeiro) e acomete muitos paraenses e marajoaras.

Tendo em vista o grande número de casos e até mesmo surtos, no dia 19 de junho, em um ciclo de Ações Integradas ao combate a Doença de Chagas no município de São Sebastião de Boa Vista, ocorreu a ação do Programa Saúde na Escola (PSE) na Escola Municipal de Ensino Fundamental Magalhães Barata com intuito de conscientizar alunos e colaboradores acerca da importância da prevenção e cuidados na manipulação de alimentos para evitar a ocorrência da doença, com enfoque a transmissão vetorial e oral, que é a ocorrência mais frequente no Marajó, sendo o consumo de açaí como relato comum entre os pacientes.

A Coordenadora do PSE do Marajó 1, Iane Guimarães, afirma sobre a importância das ações de saúde aos estudantes “O espaço escolar é um ambiente privilegiado para promoção de saúde, pois é um ambiente educacional e social, onde as crianças passam grande parte do seu tempo e onde essas informações podem ser potencializadas. Os alunos são agentes multiplicadores de conhecimento, são uma via de acesso dessas informações aos demais membros de sua família, quando acham importante e interessantes compartilham com seus pares e assim o conhecimento é difundido”.

A ação contou com palestras ministradas pela coordenadora regional do PSE, Iane Guimarães, pelo farmacêutico Ronaldo Junior, e pela coordenadora de Entomologia, Kellen Veríssimo. Na ocasião houve distribuição de panfletos; exposição de quadros com barbeiros para a melhor fixação da identificação para os alunos, bem como a visualização em microscópio das principais características deste inseto, contando com o apoio do microscopista da Secretaria Municipal de Saúde, Anselmo Coelho.

Kellen Veríssimo contribuiu com informações sobre biologia e hábitos dos vetores, e afirma que “os barbeiros são insetos de hábito noturno e que se alimentam de sangue. No entanto, dependendo da espécie de ocorrência na região, é possível que sejam mais propícias a fazerem seus ninhos dentro das casas ou nos quintais. Para isso, é imprescindível a participação da população por meio da vigilância entomológica passiva, quando levam barbeiros que encontram ocasionalmente em casa, até o Posto de Informação de Triatomíneos (PIT) do município, para que essas espécies sejam identificadas e medidas de controle possam ser tomadas”.