Fórum Estadual discute estratégias para promoção da Saúde da Mulher no Pará

Fórum Estadual discute estratégias para promoção da Saúde da Mulher no Pará

29/05/2024 Off Por Mozart Lira

Fotos: José Pantoja (Ascom/Sespa)

Prosseguiu até quarta-feira, dia 29, o “III Fórum Estadual de Redução da Mortalidade Materna”. Com o tema “Promoção de direitos sexuais e reprodutivos para redução da morte materna”, a atividade é realizada pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), através de sua Coordenação Estadual de Saúde da Mulher.

O evento também faz alusão ao 28 de maio, instituído como o Dia Nacional de Redução de Mortalidade Materna, e associado à lei estadual nº 9.786, em que destaca a última semana de maio como a de Combate à Mortalidade Materna no Pará.

Realizado no auditório do nível central da Sespa, em Belém, o fórum visa qualificar profissionais das 13 regiões de saúde do Pará em diversos temas como investigação de óbitos, dengue na gravidez e no puerpério, síndromes hipertensivas e as hemorragias pós-parto.

A coordenadora estadual de Saúde da Mulher, Nicolli Vieira

De acordo com o sistema de saúde público, é considerada morte materna todo óbito de uma mulher durante a gestação ou em até 42 dias após o término da gestação, independentemente da duração da gravidez.

A coordenadora estadual de Saúde da Mulher, Nicolli Vieira, destaca que o enfrentamento à mortalidade materna, infantil e fetal é uma das prioridades do governo estadual e a realização do fórum este ano tem como foco uma nova iniciativa para qualificação da saúde das mulheres, considerando a ampliação da oferta contraceptiva, com foco na promoção de métodos contraceptivos reversíveis de longa ação, os LARCs.

Entre os objetivos dessa iniciativa constam a promoção de justiça reprodutiva, por meio da satisfação das necessidades contraceptivas das pessoas, a diminuição de gestação não intencional e na adolescência e a redução da morbimortalidade materna.

Durante o fórum, discute-se ainda a possibilidade de incluir estabelecimentos ambulatoriais e hospitalares nesta linha de cuidado, de forma a facilitar as pessoas a acessarem informações qualificadas, relacionadas ao direito de decidirem, de forma livre e responsável, se querem ou não ter filhos, quantos filhos desejam ter e em que momento de suas vidas.

“Resumidamente, a proposta considera que as unidades ambulatoriais de referência estadual, nas quais as pessoas já estão em atendimento, como também as maternidades, podem incluir em seus processos de trabalho a orientação para satisfação da necessidade contraceptiva, direcionando a pessoa para atendimento específico em contracepção e consequente dispensação/inserção do método escolhido”, destaca Nicolli.

Essa estratégia pretende alcançar as pessoas que perderam a oportunidade de realizar contracepção primária no âmbito municipal, na atenção primária, e que podem se beneficiar da inserção de DIU de cobre tanto nas maternidades antes da alta hospitalar, quanto durante o atendimento de suas comorbidades/condições de vida, em ambulatórios/serviços especializados.

“De igual maneira, a estratégia estadual ainda pretende oferecer a opção pelo uso de LARCs para pessoas que estejam aguardando por método contraceptivo cirúrgico (laqueadura tubária) e que, em muitos casos, tem engravidado durante esta espera.

O conteúdo do evento está disponível pelo Youtube, como também transmitido ao vivo, por meio do link do Cosems Transmissões no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=v_2jyb3U1cM

Confira demais fotos do fórum: https://drive.google.com/drive/folders/12r-x3_S5VUwweXd82WSLDUI8JtWlu4oG