Pará registra queda de 45,38% nos casos de dengue

Pará registra queda de 45,38% nos casos de dengue

23/02/2022 Off Por Roberta Vilanova

Aedes aegpti, mosquito transmissor da dengue, chikungunia e zika (foto Pixabay)

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) divulgou, na terça-feira (22), o primeiro Informe Epidemiológico de 2022 sobre casos de dengue, chikungunya e zika no Pará, apontando uma queda de 45,38% nos casos de dengue nas primeiras seis semanas do ano em relação ao mesmo período de 2021. São 201 casos confirmados contra 368 no mesmo período de 2021.

No entanto, é importante informar que o Pará fechou o ano de 2021 com um aumento de 52,80% de casos da doença em comparação com o ano de 2020, resultado que aponta a necessidade de a população manter as medidas preventivas de combate ao mosquito Aedes aegypti.

Por isso, com as chuvas intensas que estão ocorrendo, a Sespa volta a chamar a atenção para a importância de as famílias manterem limpos quintais, jardins, interiores e arredores da casa, para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que também transmite a febre chikungunya e a febre de zika.

De acordo, com o Informe Epidemiológico, neste ano, já há confirmados 201 casos de dengue, sendo 197 de dengue, 03 de dengue com sinais de alarme e 01 caso de dengue grave, porém ainda há 1.106 casos em investigação pela Vigilância Epidemiológica. Não houve nenhum óbito por dengue.

Os municípios com mais casos confirmados são Santana do Araguaia (79), Santarém (34), São João do Araguaia (23) e Conceição do Araguaia (16).

No que tange aos sorotipos circulantes, o que é feito por amostragem, o Laboratório Central do Estado (Lacen-PA) e Instituto Evandro Chagas (IEC) identificaram 03 casos de dengue tipo 1.

Sespa tem orientado os municípios a retomarem suas atividades após dois anos de pandemia

Segundo a coordenadora estadual de Arboviroses, Aline Carneiro, para conter o avanço dessas endemias no estado, a Sespa prossegue realizando oficinas sobre doenças endêmicas com treinamento para médicos e enfermeiros sobre diagnóstico e tratamento. “Também, continuamos a orientar os municípios a retomarem suas atividades após dois anos de pandemia, principalmente, para fazerem o levantamento do Índice de Infestação Predial (IIP) de mosquito Aedes aegypti, que é essencial para o desenvolvimento das atividades de vigilância epidemiológica”, informou.

Sobre as principais ações realizadas pela Sespa em 2021, Aline Carneiro listou a atualização das atividades de controle vetorial e vigilância epidemiológica para os municípios do 4º Centro Regional de Saúde, em Capanema, 5º CRS em São Miguel do Guamá, 8º CRS em Breves, 6º CRS em Igarapé-Miri e Barcarena e 11º CRS em Marabá, e a distribuição de larvicidas para os 13 Centros Regionais de Saúde.

Os municípios com mais casos confirmados são Santana do Araguaia (79), Santarém (34), São João do Araguaia (23) e Conceição do Araguaia (16)

Já neste ano de 2022, as principais ações realizadas até o momento são a elaboração do Plano de Contingência Estadual de Dengue, Chikungunya e Zika 2022, distribuição de larvicidas para os CRSs e realização de borrifação no município de Conceição do Araguaia para controle do Aedes aegypti. “Até o momento, 77 municípios já encaminharam seus Planos Municipais de Contingência para 2022”, informou a coordenadora estadual.

Chikungunya  – Quanto à febre de chikungunya, o Informe Epidemiológico aponta o registro de 08 casos confirmados da doença nessas seis primeiras semanas do ano contra 09 ocorridos no mesmo período de 2021, correspondendo a uma redução de 11,11% . Não houve registro de óbitos pela doença. Todos os casos confirmados ocorreram no município de Santarém.

Em relação à febre de zika vírus, por enquanto só há cinco casos suspeitos  notificados nos municípios de Castanhal, Marituba, Oeiras do Pará e Tucumã e nenhum confirmado.

Sinais e sintomas – As manifestações clínicas da dengue, chicungunya e zika são muito parecidas, por isso é importante prestar atenção: os principais sintomas da dengue são febre alta e de início imediato sempre presente, dores moderadas nas articulações, manchas vermelhas na pele e coceira leve.

A chikungunya se manifesta com febre alta de início imediato, dores intensas nas articulações, manchas vermelhas nas primeiras 48 horas, coceira leve e vermelhidão nos olhos.

Já a zika apresenta febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas nas primeiras 24 horas, coceira de leve à intensa e vermelhidão nos olhos.

A coordenadora estadual ressaltou que as Secretarias Municipais de Saúde precisam notificar à Coordenação Estadual de Arboviroses até 24 horas os casos graves e óbitos por dengue, chicungunya e zika.

Medidas preventivas – Quanto à população, ela orienta que não se automedique frente ao aparecimento de sintomas, procure a unidade de saúde mais próxima para atendimento médico e mantenha os seguintes cuidados no seu domicílio:

·        Manter a caixa d’água, tonéis e barris de água bem fechados;

·        Colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira fechada;

·        Não deixar água acumulada sobre a laje;

·        Manter garrafas com boca virada para baixo;

·        Acondicionar pneus em locais cobertos;

·        Proteger ralos sem tampa com telas finas;

·        Manter as fossas vedadas;

·        Encher pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda e lavá-los uma vez por semana.

·        Eliminar tudo que possa servir de criadouro para o mosquito como casca de ovo, tampinha de refrigerante entre outros.

Serviço: Para solicitar orientações e denunciar existência de possíveis criadouros de mosquito, a população deve procurar a Secretaria Municipal de Saúde do seu município.

Texto: Roberta Vilanova/Sespa