Policlínica Lago de Tucuruí destaca mitos e verdades sobre o autismo

Policlínica Lago de Tucuruí destaca mitos e verdades sobre o autismo

03/04/2023 Off Por Roberta Vilanova

Esclarecimentos sobre o assunto reduz o preconceito e aumenta o acolhimento social

No mês em que se celebra o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, em 2 abril, diversas frentes e entidades se unem para destacar a importância do diagnóstico adequado, do acompanhamento especializado e da inclusão social. Atuando com o Núcleo de Atendimento Transtorno do Espectro Autista (Natea), a Policlínica Lago de Tucuruí, no sudeste paraense, orienta sobre os mitos e verdades que cercam a condição.

“Como um todo, o objetivo geral do mês de abril, dentro do calendário mundial da saúde, é de envolver a sociedade no tema. E desta forma, reduzir o preconceito. Entendemos que esse objetivo será alcançado, quando, de fato, a sociedade entender o que é o TEA, e assim, desmistificar mitos e quebrar tabus”, observou a diretora Executiva da unidade, Louhanna Silva.

Mitos – Entre os mitos que cercam o TEA, um deles é dizer que uma pessoa com autismo é insensível. “Sentimentalmente falando, as crianças autistas precisam apenas de estímulo para expressar suas opiniões e sentimentos de forma assertiva”, disse Roberta Pompeu, psicóloga e supervisora técnica do Natea.

Outro mito que também é propagado, é que o autismo é causado por pais ausentes que não dão amor suficiente aos filhos. “Além de não ser uma verdade, é algo prejudicial. O autismo é uma condição inata e não há nenhuma evidência científica de que “falta de amor” cause autismo”, explicou a profissional.

Há também outro mito acerca do autismo: dizer que o TEA é uma pessoa agressiva. “Não é correto generalizar que características de comportamento como a agressividade. Eles nem sempre são agressivos, embora possam apresentar um nível de tolerância mais baixo e maiores picos de frustração, que costumam ocorrer quando há uma dificuldade de se expressar”, acrescentou Roberta.

Verdades

A dificuldade em olhar diretamente no olho de outra pessoa é, de fato, uma verdade sobre o TEA. “Boa parte dos autistas, em decorrência de questões sensoriais, podem ter dificuldade de manter o contato visual e consequentemente a percepção”, comentou.

Autismo é 4 vezes mais frequente em meninos  – A psicóloga também destaca a incidência maior da condição em meninos. “Pesquisadores americanos afirmam que o número de casos de autismo em pessoas do sexo masculino tem a probabilidade quatro vezes maior do que em meninas.

A pesquisa foi publicada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, (Centers for Disease Control and Prevention – CDC). O estudo observou que há 1 TEA para cada 54 crianças de 8 anos. Além disso, a análise mostra que para cada 1 menina com autismo, há 4 meninos.

Sintomas

É comum que os sinais sejam percebidos desde bebês, principalmente, no que se refere às suas habilidades sociais e de linguagem. “Embora o autismo apresente características comuns, como dificuldade de comunicação e interação social, cada pessoa com autismo é única”, afirmou a supervisora técnica do Natea.

É necessária a atenção dos pais e responsáveis aos primeiros indícios. Quando iniciado antes dos 3 anos de idade, o índice de melhora chega a 80%.

Infraestrutura – Para atender as crianças e os adolescentes com TEA, a Poli Lago de Tucuruí dispõe do serviço especializado semi-intensivo, que conta com a atuação de uma pesquisa multiprofissional para avaliação e intervenção. Atualmente, o Natea mantém o acompanhamento a  50 pacientes fixos com projeção para receber mais 50 até junho deste ano.

Serviço – A Policlínica Lago de Tucuruí mantém infraestrutura para realizar até 9 mil atendimentos por mês, em 36 especialidades médicas e não médicas. É uma unidade pública localizada na avenida Raimundo Veridiano Cardoso, nº 1008, no bairro Santa Mônica. A Poli é administrada pelo Instituto de Saúde e Social da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Sespa.

Texto: Ascom/Poli Lago de Tucuruí