Profissionais de saúde de Cametá e Oeiras do Pará receberam orientações da Sespa sobre doença de Chagas

Profissionais de saúde de Cametá e Oeiras do Pará receberam orientações da Sespa sobre doença de Chagas

14/03/2022 Off Por Mozart Lira

Integrantes da Coordenação do Programa de Controle da Doença de Chagas da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) prosseguem no interior do Estado orientando profissionais de Saúde sobre prevenção, diagnóstico e seguimento nos casos de doença de Chagas. A agenda dos técnicos incluiu, em fevereiro, apresentações e orientações em Curralinho e em Bagre, e agora em março, em Cametá e Oeiras do Pará. 

“As ações buscam orientar os profissionais de saúde, principalmente aqueles diretamente envolvidos com as ações da vigilância e da atenção básica dos municípios, sobre as estratégias prioritárias em relação ao combate da doença de Chagas. Também instruímos as gestões municipais sobre os indicadores de acompanhamento da enfermidade para que, dessa forma, os municípios possam desenvolver as ações certas em tempo oportuno”, destaca o coordenador do Programa de Controle da Doença de Chagas, Eder do Amaral Monteiro. 

Durante as orientações ocorridas nesses municípios, os profissionais ficaram envolvidos em atividades práticas voltadas à prevenção, suspeição, notificação e condução dos casos de surto. “O intuito é qualificar os técnicos das secretarias, como já foi feito em Curralinho, Bagre, Cametá e em Oeiras do Pará, para que as ações realizadas junto aos municípios sejam ainda mais efetivas, em especial o assessoramento técnico e as atividades de campo, incluindo as de controle vetorial e o fluxo do atendimento em hospitais e em unidades de saúde dos municípios, além de definir ações conjuntas de prevenção da doença de Chagas”, ressalta Eder. 

Um paciente com suspeita da doença precisa ser logo notificado e imediatamente encaminhado para exame e início do tratamento, visando à redução das sequelas, uma vez que a doença de Chagas não tem cura. 

Todo paciente agudo poderá se tornar crônico com ou sem sequelas. Embora a sorologia do paciente possa dar negativa para a doença após algum tempo, o parasito poderá permanecer no tecido e o estrago que faz no coração é irreversível. Por tudo isso, o paciente com Chagas recebe medicamento específico, em média, por dois meses e permanece sob acompanhamento pelo período de, no mínimo, cinco anos. 

No Pará, uma média histórica nos últimos dez anos registra que pelo menos 80% dos casos confirmados foram por transmissão oral, ou seja, associados a ingestão de alimentos, como açaí e bacaba, contaminados pelas fezes do protozoário Trypanosoma cruzi, que está no inseto conhecido como barbeiro. 

Nesse sentido, a Sespa alerta a população para o diagnóstico precoce, considerado fundamental para o não agravamento da doença, pois quanto mais tempo leva para o paciente iniciar o tratamento, mais danos o parasito causa no organismo, principalmente no coração.