Pará reduz em mais de 110% o encaminhamento de pacientes para tratamento fora do Estado

Pará reduz em mais de 110% o encaminhamento de pacientes para tratamento fora do Estado

11/12/2024 Off Por Roberta Vilanova

Usuários de diversas regiões estão tendo acesso a serviços especializados perto de sua casa

Investimentos em saúde, promovidos pelo Governo do Estado, garantem a ampliação da rede de atendimento em serviços de média e alta complexidade e consequente redução do encaminhamento de pacientes para tratamento fora do Pará. Em 2024, o Programa de Tratamento Fora de Domicílio (TFD) encaminhou 101 pacientes, sendo 13 pela primeira vez e 88 em continuidade ao tratamento. Em comparação ao exercício de 2023, o Estado reduziu em 117% o encaminhamento de pacientes para fora do Pará.

“A implantação de hospitais regionais tem sido um marco importante para a melhoria dos serviços de saúde na nossa região. Um dos impactos positivos foi a significativa redução no número de transferências de pacientes para unidades de saúde em outras cidades. Com a entrega de cada hospital, os pacientes não precisam mais se deslocar para distâncias longas, como outros Estados, tornando o sistema de saúde mais eficiente e reduzindo a sobrecarga nos centros de referência”, explicou Ivete Vaz, secretária titular da Secretaria de Saúde do Pará (Sespa).

Hospital Regional de Oriximiná Menino Jesus

Oito hospitais regionais foram implantados na atual gestão: Hospital Dr. Abelardo Santos; Hospital Regional Público de Castanhal – Oncologia; Hospital Regional Público dos Caetés – Capanema; Hospital Público Geral Castelo dos Sonhos- Altamira; Hospital Regional do Baixo Tocantins Santa Rosa – Abaetetuba; Hospital Regional da PA 279 – Ourilândia do Norte; Hospital Regional de Rio Maria e Hospital Regional Menino Jesus em Oriximiná.

A implantação de novas especialidades e procedimentos de saúde no Pará também contribuem para que pacientes paraenses não sejam enviados para outros estados do Brasil para se submeter a tratamentos longe de suas famílias. Um exemplo de usuário que deixou de ir para outros estados em busca de atendimento é o paciente com Escoliose Idiopática, que já tem tratamento, desde julho deste ano, no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência. Mais de 35 pacientes que estavam na fila de espera já conseguiram atendimento na capital.

Unidade de Oncologia do Hospital Regional do Sudeste do Pará

A adolescente Anna Carolina de Souza Dias, 15 anos, que foi uma das pacientes que fez a cirurgia de correção de escoliose no Hospital Metropolitano, celebra a nova qualidade de vida após o procedimento. “É um sonho realizado e eu amei o resultado. Agora me sinto muito bem e sem sofrimentos. O atendimento do Metropolitano foi maravilhoso, não tenho do que reclamar. Agradeço aos médicos, fisioterapeutas, enfermeiros e todos os profissionais que me acompanharam nesse processo. Agora é vida nova”, comemora.

Elaine Souza, 35 anos, mãe da adolescente, afirma que a família recebeu um presente de natal antecipado com a realização da cirurgia. “Ela é minha única filha e vê-la sofrendo e passando por bullying na escola me fazia muito mal também. Agora realizamos esse sonho, ela está se recuperando muito bem e fazendo as coisas normalmente, está muito feliz. Confesso que fiquei surpresa pela forma como fomos recebidas no Hospital Metropolitano, com carinho e humanização, isso, com certeza, nos trouxe mais tranquilidade e segurança. Serei eternamente grata”, celebra.

Hospital Regional Dr. Abelardo Santos, em Icoaraci

TFD – O Tratamento Fora de Domicílio, instituído pela Portaria nº 55 da Secretaria de Assistência à Saúde (Ministério da Saúde), é um instrumento legal que visa garantir, através do SUS, tratamento médico a pacientes portadores de doenças não tratáveis no município de origem por falta de condições técnicas.

Conforme a portaria SAS/MS Nº 055/1999, o TFD consiste em uma ajuda de custo ao paciente, e em alguns casos, também ao acompanhante, encaminhados por ordem médica a unidades de saúde de outro município ou Estado da Federação, quando esgotados todos os meios de tratamento na localidade de residência do mesmo. Destina-se a pacientes que necessitem de assistência médico-hospitalar cujo procedimento seja considerado de alta e média complexidade eletiva.

Texto: Giovanna Abreu/Secom

Fotos: Ag. Pará