DENGUE
É uma doença febril aguda, sistêmica, dinâmica e debilitante causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Pode se apresentar em formas leves ou graves, e em alguns casos, pode ser fatal. Até o momento são conhecidos quatro sorotipos – DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.
Distribuição da dengue
A dengue está presente em mais de 100 países, principalmente em regiões tropicais e subtropicais. No Brasil, a doença é endêmica, ou seja, ocorre de forma contínua em diversas regiões do país. A distribuição da dengue está diretamente relacionada à presença do mosquito transmissor, o Aedes aegypti.
Sintomas da dengue
Indivíduos com febre (39°C a 40°C) de início repentino e que apresentarem pelo menos duas das seguintes manifestações – dor de cabeça, prostração (fraqueza), dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos – devem procurar os serviços de saúde.
Após o período febril (entre 3° e o 7° dia do início da doença), podem começar a aparecer sinais de alarme. Estes sinais marcam o agravamento do quadro clínico e são caracterizados por:
- Dor abdominal (dor na barriga) intensa e contínua;
- Vômitos persistentes;
- Acúmulo de líquidos em cavidades corporais (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico);
- Hipotensão postural e/ou lipotimia;
- Letargia e/ou irritabilidade;
- Aumento do tamanho do fígado (hepatomegalia) > 2cm;
- Sangramento de mucosa;
- Diminuição da diurese;
- Extremidades frias e/ou cianóticas; e
- Aumento progressivo do hematócrito.
Indivíduos com condições preexistentes, como as mulheres grávidas, lactentes, crianças (até 2 anos) e pessoas acima de 65 anos têm maiores riscos de desenvolver complicações pela doença.
As fêmeas de Aedes aegypti são o principal vetor da dengue. Esse mosquito se prolifera em água parada, contida em vasos de plantas, pneus velhos, garrafas, caixas d’água e outros recipientes que acumulam água. O Aedes aegypti tem maior atividade durante o dia, principalmente nas primeiras horas da manhã e no final da tarde. A transmissão por via vertical (da mãe para o filho durante a gestação) e por transfusão de sangue são raras.
Embora esteja presenta nas américas, o Aedes albopictus, até momento, não foi associado à transmissão de dengue, chikungunya e zika. Entretanto, por ter demonstrado competência vetorial em laboratório e estar presente em todas as regiões do Brasil, pode ser considerada uma espécie transmissora em potencial destas doenças. Seu ciclo evolutivo é semelhante ao do Aedes aegypti, podendo ser encontrado tanto na zona urbana quanto na rural, podendo se alimentar tanto de sangue humano como de qualquer outro animal.
Prevenção da dengue
O controle de vetores Aedes aegypti ainda é o principal método para a prevenção e controle da dengue e de outras arboviroses urbanas. Algumas medidas simples podem ajudar a controlar a proliferação do mosquito:
Tratamento da dengue
Não existe um tratamento específico para a dengue e sim recursos que visam aliviar os sintomas. O importante é não se automedicar e procurar imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme. O médico poderá indicar os medicamentos adequados para aliviar a febre, a dor e outros sintomas.