VETORES
O Aedes aegypti é a principal espécie transmissora dos vírus da dengue, o vírus causador da febre chikungunya e o vírus zika. Uma das principais características dessa espécie é a presença de marcações brancas nas pernas e no dorso.
É um mosquito com hábitos domésticos, que vive dentro ou próximo de domicílios e/ou outros locais frequentados por pessoas, como estabelecimentos comerciais, escolas e igrejas. A fêmea do Aedes aegypti tem hábitos preferencialmente diurnos e alimenta-se de sangue humano para fazer a maturação dos seus ovos, porém também pode picar durante a noite.
É uma espécie frequente em áreas urbanas, principalmente onde há aglomeração de pessoas e disponibilidade de locais propícios para os depósitos de ovos. A temperatura climática e pluviosidade (volume de chuvas) são outros fatores importantes que influenciam na infestação pelo Aedes.
Para evitar com que ocorra a proliferação do mosquito, medidas permanentes de controle do vetor são necessárias durante o ano todo, por meio de ações preventivas de eliminação de criadouros.
No que diz respeito a transmissão do Oropouche, ocorre através de dois ciclos distintos: urbano e silvestre.
Dentro do ciclo urbano, o principal vetor é o inseto Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim, o qual tem o ser humano como principal hospedeiro vertebrado do vírus.
No ciclo silvestre, a dinâmica de transmissão do vírus do Oropouche é um pouco mais complexa, com a participação de um conjunto maior de vetores, como o inseto Culicoides paraensis e as espécies de mosquitos Coquillettidia venezuelensis, Culex quinquefasciatus e Aedes Serratus. Com relação aos hospedeiros vertebrados, pode-se destacar seres humanos, aves, preguiças e primatas não-humanos (PNHs).
Já o vírus da febre amarela, no seu ciclo silvestre, é transmitido pela picada dos mosquitos gêneros Haemagogus e Sabethes infectados. Estes mosquitos apresentam hábitos diurnos, sendo mais ativos entre às 9 e 16 horas da tarde. No ciclo silvestre, os primatas não humanos (PNHs) são considerados os principais hospedeiros amplificadores do vírus e são vítimas da doença assim como o ser humano, que neste caso, apresenta-se como hospedeiro acidental.
IMPORTANTE: No Brasil o ciclo da doença atualmente é estritamente silvestre. Os últimos casos de febre amarela urbana foram registrados no Brasil em 1942 e todos os casos confirmados desde então decorrem deste ciclo de transmissão.
O ciclo epidemiológico do vírus Mayaro (MAYV) é bem similar ao da febre amarela Silvestre e se dá com a participação de mosquitos, principalmente do gênero Haemagogus, os quais têm hábitos exclusivamente diurnos, habitando as copas das árvores, o que favorece o contato com os hospedeiros animais, principalmente os primatas hospedeiros do vírus. Neste ciclo, o homem é considerado um hospedeiro acidental.