Abelardo Santos realiza atendimentos médicos e exames para alertar sobre cuidado com os rins

Abelardo Santos realiza atendimentos médicos e exames para alertar sobre cuidado com os rins

11/03/2022 Off Por Roberta Vilanova

Ação educativa no Hospital Regional Abelardo Santos

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), um em cada dez brasileiros têm algum tipo de doença renal. As enfermidades afetam principalmente pessoas com comorbidades, como pressão alta, diabetes e obesidade. Outro fator de risco apontado pela SBN é o envelhecimento: de acordo com a organização, estudos apontam que a partir dos 35 anos, o indivíduo passa a perder cerca de 1% da sua função renal. Em Belém, o Hospital Regional Abelardo Santos (HRAS), no distrito de Icoaraci, aderiu à Campanha Global de alerta para doenças renais. E nesta sexta-feira (11), a programação, levou orientações médicas e exames aos pacientes e acompanhantes da unidade.

Na ação, o HRAS ofertou teste de glicemia e verificação da pressão arterial, orientações nutricionais e comportamentais para a manutenção de uma vida saudável, com médicos e a equipe multiprofissional, formada de enfermeiros, técnicos e nutricionistas. Além da programação no calçadão da unidade, foram feitas blitz de estímulo ao consumo de água como a prevenção de doenças renais nos andares da instituição.

Estímulo – O autônomo Josevaldo Lima, de 52 anos, faz acompanhamento neurológico no HRAS. Ao se deparar com a Campanha no calçadão da instituição, ele não hesitou em participar e sair com informações que mudarão sua rotina. “A gente brinca muito falando dos rins, quando relacionamos o órgão às pessoas que consomem muita bebida alcoólica.  Mas, os médicos alertaram que a falta de atividades físicas e o consumo de outros alimentos, também levam a ter essa doença. É preciso de cuidados, porque a idade chega, e junto com ela, diversas enfermidades que antes não tínhamos”, observou.

A costureira Rosana Lima, de 42 anos, também passou pelas orientações médicas e pelos exames de glicemia e aferição da pressão arterial. Para ela, que vem de uma família com histórico de doenças renais crônicas, esse tipo de ação pode salvar vidas. “Meu pai faz diálise no Abelardo Santos há 8 meses. Do nada, ele teve de mudar sua rotina, parar de trabalhar, já que os rins não estavam 100% funcionando. As pessoas, muitas vezes, são carentes de informações verdadeiras. E uma ação como esta é um alerta: todo mundo precisa se cuidar”, parabenizou a acompanhante.

Referência – O Regional Abelardo Santos é referência do Governo do Estado em tratamento renal.  A unidade mantém uma clínica de hemodiálise com mais de 90 pacientes divididos em três turnos, além de oferecer a terapia em leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Para o diretor executivo do Abelardo, Marcos Silveira, a campanha vem reforçar o trabalho que o hospital vem desempenhando. “Acompanhamos, todos os dias, centenas de pacientes que estão lutando pela vida vítimas de doenças renais. São jovens, adultos e idosos, que muitas vezes, foram surpreendidos com as enfermidades e todos os desafios que elas causam. Mostrar as causas, os tratamentos, e principalmente, a forma de prevenção dessas enfermidades, garantem a promoção de saúde aos nossos usuários”, frisou o gestor.

A SBN estima que, em 2040, a doença renal crônica possa ser a 5ª maior causa de morte no mundo. O diretor médico da Abelardo Santos, Paulo Henrique Ataíde, destaca a ação como uma estratégia de saúde. “Hoje tiramos das clínicas os atendimentos de medicina, enfermagem, nutrição e serviço social, para ampliarmos a todos os nossos usuários as orientações sobre as doenças renais. Este ano, o tema da Campanha, contempla, sobretudo, a educação como forma de minimizar a incidência e os impactos da doença na sociedade. E foi essa a finalidade do HRAS: levar conhecimento, informação e, claro, esclarecer dúvidas”, reforçou Ataíde.

Alerta – O nefrologista Luís Cláudio Pinto esclarece que a doença renal crônica se caracteriza pela lesão irreversível nos rins, mantida por três meses ou mais. “Quando diagnosticada de forma precoce, sua progressão pode ser controlada ou retardada, na maior parte dos casos. As doenças não provocam sintomas significativos ou específicos nos estágios iniciais, fazendo com que seja fundamental o conhecimento sobre a doença, seus principais fatores de risco (como hipertensão arterial e diabetes mellitus) e exames simples de rastreamento diagnóstico (creatinina sérica e exame de urina). A DRC pode ser grave, principalmente, quando evolui para estágios avançados, são necessários tratamentos como a diálise e o transplante renal”, ponderou o especialista.

Texto: Roberta Paraense/HRAS

Foto: Divulgação