Ações itinerantes da Sespa encerram três dias de atendimento a comunidades quilombolas de Abaetetuba

Ações itinerantes da Sespa encerram três dias de atendimento a comunidades quilombolas de Abaetetuba

19/04/2022 Off Por Mozart Lira

Nesta quinta-feira 14, Piratuba foi a última das três comunidades quilombolas de Abaetetuba, no nordeste paraense, a receber a ação itinerante da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), com vários serviços médicos, entre consultas, exames e testagens rápidas. As atividades começaram pelas comunidades Caeté e Assacu nos dois dias anteriores.

Realizada em parceria com o laboratório de exames clínicos da Universidade Federal do Pará (UFPa), a atividade nos três territórios quilombola contou com a participação de integrantes das coordenações estaduais de Saúde Indígena e Populações Tradicionais, Saúde Bucal e da Saúde do Homem da Sespa.

“Foi uma ação de grande importância, pois beneficiou comunidades tradicionais distantes da sede do município e que por isso tem dificuldade no acesso aos serviços públicos”, afirmou Tatiany Peralta, coordenadora estadual de Saúde Indígena e Populações Tradicionais da Sespa.

“É importante destacar que as ações que a Secretaria oferece estão atentas às diversidades étnicas do povo paraense”, complementa Tatiany, ao mencionar que o Governo do Estado está atento às demandas sejam das comunidades quilombolas, negras, indígenas, LGBTQIA+ e trabalha para que a saúde de todos e todas sejam garantida por meio de ações como esta.

O balanço de atendimento nas três comunidades totalizou 273 consultas médicas entre clínico geral, ginecologista e pediatria, com dispensa de medicações, quando necessário; 360 testes rápidos para hepatites, sífilis e HIV, palestras de saúde bucal, destinadas a aproximadamente –350 quilombolas, e distribuição de 150 kits de higiene bucal para as crianças.

Além disso, foram realizados 149 exames laboratoriais, além da distribuição de 3 mil máscaras de proteção e caixas de álcool 70% para a proteção contra a Covid-19. A regulação da Sespa também acompanhou a ação, marcando exames e consultas especializadas para os quilombolas. As práticas integrativas e complementares no SUS (PICS) foram mais um atrativo na ação: através da auriculoterapia, atendeu 58 quilombolas.

Alessandra Amaral, coordenadora de Saúde Bucal da Sespa, explica que essas ações cumprem um papel social, de reconhecimento e de respeito aos povos e comunidades tradicionais do Pará. “A medida tem o objetivo de dar atendimento de qualidades a essas populações dentro das próprias comunidades. É o governo do Estado também presente na rotina dos quilombolas”, explicou.