Campanha no ‘Oncológico Infantil’ ensina higienização correta das mãos

Campanha no ‘Oncológico Infantil’ ensina higienização correta das mãos

10/11/2022 Off Por Roberta Vilanova

Usuários e acompanhantes participaram da programação organizada pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar

O Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, em Belém, encerrou nesta quinta-feira (10) a campanha “Copa de Higiene das Mãos”. A ação, promovida pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), conscientizou e orientou funcionários, usuários e acompanhantes sobre a importância do simples ato de lavar as mãos para impedir a propagação de doenças, por ser a principal medida contra a transmissão de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). Jogos, dinâmicas e paródias fizeram parte da programação realizada durante três dias no Hospital.

As IRAS são infecções adquiridas durante o processo de cuidado no ambiente hospitalar, em internações ou procedimentos ambulatoriais e cirúrgicos, inclusive após a alta. Coordenadora do SCIH, a enfermeira Adrielle Monteiro explicou que a maioria das infecções é causada por germes de maneira transitória, de paciente para paciente, e de ambiente para ambiente. Segundo ela, os sintomas podem variar conforme o sítio da infecção, mas os sintomas não diferem de outras infecções não relacionadas à assistência à saúde. As manifestações mais comuns são febre, alterações laboratoriais, tosse e presença de secreção purulenta na ferida operatória.

“A higienização das mãos deve ser realizada por todos que frequentam o ambiente hospitalar, principalmente pelos profissionais de saúde, como rotina de prevenção antes e depois do atendimento a nossos pacientes. As nossas crianças são mais suscetíveis a adquirir infecções oportunistas devido ao tratamento oncológico e doenças hematológicas malignas, que reduzem a imunidade. Ter esse cuidado faz uma grande diferença na qualidade da assistência prestada aos nossos pequenos usuários”, enfatizou a enfermeira.

Orientação reforçada aos profissionais do Hospital Oncológico Infantil

Controle – De acordo com estimativas do Ministério da Saúde, a taxa de infecções hospitalares é de quase 14% nas internações no Brasil. A aplicação de protocolos de prevenção e ações desenvolvidas pelas vigilâncias epidemiológica e microbiológica, assim como o controle de uso de antimicrobianos e demais medidas adotadas, são fundamentais para garantir a assistência segura aos usuários. “Para estar com as mãos limpas é preciso higienizá-las com água, sabonete ou sabão, tanto as palmas quanto os dorsos. Se a mão não estiver suja, também dá para higienizá-las com preparações alcoólicas”, informou Adrielle Monteiro.

O técnico em Enfermagem Gabriel Lima participou da dinâmica e aprovou a campanha. “Depois da pandemia, ficou clara a real importância deste cuidado para evitar complicações futuras, como infecções cruzadas, que é a transmissão de microrganismo de pessoa para pessoa, por meio de uma superfície contaminada ou de instrumentos e outros objetos. É importante atualizarmos os nossos conhecimentos para preservar a saúde de nossos pacientes imunossuprimidos”, ressaltou.

Passo a passo – Com uma linguagem lúdica e objetiva, as crianças conseguiram absorver a informação durante as dinâmicas realizadas na classe hospitalar e brinquedoteca, disse a coordenadora do Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente (NQSP), Dociana Formigosa. “Ensinamos  aos nossos usuários o passo a passo para uma higienização correta das mãos. Eles são muito pequenos e acabam pulando etapas. Também explicamos os demais protocolos de segurança do paciente, como a identificação correta, segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos, dentre outros, para que se acostumem a uma cultura de prevenção”, reiterou.

As crianças fizeram teste com luminol, que possibilita a visualização da sujeira nas mãos. Depois veio a higienização, conforme a orientação dos membros do NQSP. Com as mãos limpas, elas usaram novamente o luminol e perceberam a diferença. “Temos de lavar bem as mãos para expulsar os bichinhos causadores de doenças”, disse a aluna da Classe Hospitalar Rebeca Vitória, 7 anos.

Texto: Leila Cruz/HOIOL

Fotos: Divulgação