CIIR oferece a psicomotricidade como um dos diferenciais na reabilitação de autistas

CIIR oferece a psicomotricidade como um dos diferenciais na reabilitação de autistas

09/01/2023 Off Por Roberta Vilanova

A psicomotricidade está disponível no Núcleo de Atendimento ao Transtorno do Espectro Autista (Natea)

Referência no Norte do Brasil no atendimento às pessoas com autismo e ao proporcionar uma gama de terapias para potencializar a reabilitação de usuários, o Núcleo de Atendimento ao Transtorno do Espectro Autista (Natea), pertencente ao Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, oferece a psicomotricidade, um processo de “start” para uma valência motora adequada, através da educação física.

Segundo Marcos Lima, educador físico, a especialidade torna possível ao reabilitando a sua ambientação. “Isso, por ter um leque curto de possibilidades, às vezes, a criança não consegue vivenciar outras atividades, então, esta terapia é o início para futuramente este usuário ter uma coordenação motora adequada para realizar uma atividade física mais livre, um esporte”.

De acordo com o profissional, a terapia trabalha a coordenação motora fina e a grossa, a lateralidade, estruturação espaço temporal e a melhora do tônus muscular em paralelo ao equilíbrio corporal. Todo este planejamento favorece a também a uma possibilidade de a criança ter autonomia no seu dia a dia.

“Ao longo do acompanhamento em psicomotricidade, há a perspectiva de estimular o ganho a uma independência em realizar uma simples tarefa, como por exemplo, escovar os dentes, caminhar, calçar um sapato, ou seja, atividades mais funcionais que a coordenação motora fina e grossa trabalham. Além do mais, a lateralidade ensina o usuário a definir objetos à sua esquerda ou direita”.

Marcos Lima pontua que a criança diagnosticada com autismo tem um acompanhamento gradativo e que requer uma sincronia entre o profissional, o Centro de Reabilitação e, principalmente, a família.

“É um desenvolvimento mais lento. Para o usuário se desenvolver bem, há a necessidade de nós terapeutas, mais o espaço de reabilitação, juntamente com a família da criança estarmos alinhados. Este tripé é primordial para o êxito no acompanhamento”, garante o educador físico.

Apolo Carvalho, de cinco anos, há um ano vem sendo acompanhado no Natea. Para a mãe, Edivana Carvalho, de 40 anos, o desenvolvimento do filho já é destacado aos poucos. “Os avanços dele foram em termos visuais, que antes, não tinha conosco. No quesito concentração e na voz de comando ele melhorou bastante, pois anteriormente, era lento. A interação social também foi outro ponto desenvolvido. Atualmente, o meu filho já interage com as pessoas, deixa abraçá-lo; brinca com os primos e amigos na escola”.

De acordo com o educador físico, o menino é estimulado durante a terapia, a fortalecer a musculatura de membros inferiores e superiores, além do equilíbrio, tanto estático quanto dinâmico do corpo. A atividade é para dar uma funcionalidade externa para a criança, por exemplo, após acabar de almoçar, ter a força e equilíbrio para transportar o prato até a pia. Ao praticar um esporte, ter a reação de realizar os movimentos.

Estrutura – O CIIR é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência (PcDs) visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem ter acesso aos serviços do CIIR por meio de encaminhamento das unidades de Saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação (Sisreg).

Serviço: O CIIR é um órgão do Governo do Pará, administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Centro funciona na Rodovia Arthur Bernardes, n° 1000, em Belém. Mais informações: (91) 4042-2157/58/59.

Texto: Pallmer Barros/Ascom CIIR 

Fotos: Divulgação