Edição CarnaTEA 2024 promove festa inclusiva para cerca de 500 pessoas

Edição CarnaTEA 2024 promove festa inclusiva para cerca de 500 pessoas

03/02/2024 Off Por Roberta Vilanova

Crianças se divertiram de diversas maneiras

O governo do Pará compreende que o carnaval é uma festa democrática e todos têm o direito de participar e para garantir esse direito, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), por meio da Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo (Cepa), realizou na manhã deste sábado (3), na Fundação Curro Velho, a segunda edição do CarnaTEA, um bailinho inclusivo que contou com medidas adaptadas para os participantes com Transtorno do Espectro Autista.

A programação do CarnaTEA contou com apresentações culturais e de artistas, oficina de adereços de carnaval e a Feira do Empreendedorismo Inclusivo. A primeira edição do CarnaTEA, em 2023, teve um público estimado em quase 400 pessoas.  Já a segunda edição, da programação contou com cerca de 500 pessoas.

Promover saúde também é promover a integração de todas as pessoas em todos os contextos, destaca Nayara Barbalho, coordenadora estadual de Políticas para o Autismo da Sespa.

“Fazer com que as pessoas com autismo e outras deficiências possam participar de ações e eventos alusivos que acontecem em um país inteiro é promoção da saúde, é inclusão. Então, o objetivo desse evento é gerar um exemplo de que a gente pode, com a adaptação, ter um baile de carnaval inclusivo”.

Programação também contou com oficina de adereços carnavalescos

Como qualquer festa comemorativa pode ser inclusiva, basta que ocorram as adaptações necessárias para que a inclusão ocorra de forma abrangente e saudável, para isso a equipe da Cepa preparou o ambiente da Fundação Curro Velho para receber todos, como por exemplo, a disponibilização de abafadores para pessoas com sensibilidade auditiva ou a utilização de uma sala de acomodação sensorial multidisciplinar para receber crianças que necessitam de adaptação.

Elisângela Souza, mora em Marituba, e trouxe o filho Bernardo, de 06 anos, para curtir a festa. “Meu filho tem uma dificuldade grande de interação e iniciativas como essa ajudam a promover a interação entre as crianças e já criar um hábito nele de estar entre outras pessoas. Ele tem uma sensibilidade ao som alto, e o espaço está bem adaptado para ele”, avalia Elisângela.

A Kate Narell já conhece as programações realizadas pela Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo e sempre traz o filho Bernardo para participar. “Essa é uma oportunidade para as crianças se soltarem e brincarem à vontade, hoje em dia os espaços para crianças autistas são muito restritos então aproveito todas as oportunidades de eventos que incluam o meu filho”.

O processo de inclusão do CarnaTEA também foca na participação de artistas com autismo na programação do evento, um deles é o Alan Kauê, de 17 anos, que também participa do TEAlentos, outro evento inclusivo realizado pela Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo.

“Para mim, está sendo uma experiência maravilhosa, porque o CarnaTEA é pra isso, para garantir a diversão da inclusão social também. E que a inclusão social esteja dentro da pauta do Carnaval, da diversão que os autistas também precisam”, explica o cantor.

Bailinho carnavalesco teve apresentações culturais

O CarnaTEA é realizado pela Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo (CEPA), em parceria com a  Fundação Cultural do Pará e o Curro Velho, que abre as portas para receber o evento inclusivo.

“A Fundação Cultural do Pará estará sempre à disposição em seus espaços, não só o espaço urbano, mas a Casa da Linguagem, a nossa biblioteca, o nosso cinema, a nossa praça, a Casa das Artes, os nossos teatros para ser parceiro desse trabalho tão importante, tão necessário na divulgação da política de valorização e reconhecimento da questão do autismo”, reforça Paulinho Assunção, diretor do Curro Velho.

Ainda durante o “CarnaTea”, ocorreu mais uma edição Feira do Empreendedorismo Inclusivo, em que foram comercializados alimentos como doces, bolos, tortas e produtos artesanais, artigos de papelaria, camisas, quadros, livros. Tudo feito por pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus familiares.

Texto: Melina Marcelino/Sespa

Fotos: Rafaela Palmieri/Sespa