
Especialista da Poli Metropolitana alerta para doenças da garganta
22/05/2023
Guilherme Machado, coordenador do serviço de otorrinolaringologia da Poli Metropolitana
É comum que muitas pessoas, com algum incômodo na garganta, acabem deixando de lado os sintomas e negligenciem os cuidados na busca por um profissional. Como algumas alterações nessa região podem ser sintomas de doenças relacionadas à faringe e a laringe, a Polínica Metropolitana do Pará, em Belém, esclarece algumas dúvidas sobre o assunto.
O coordenador do serviço de otorrinolaringologia da Poli Metropolitana, Guilherme Machado, destaca que as doenças relacionadas à garganta geralmente são as faringites de origem viral ou bacteriana. Dentro desses dois grupos ainda ocorrem outros fatores, como causas alérgicas.
O especialista ressalta que é importante saber diagnosticar, diferenciar e tratar. “Os quadros virais são autolimitados, ocasionado de picos febris com características irritativas. Já os quadros bacterianos, geralmente, vêm acompanhados de secreções ou aquelas placas amareladas na faringe, sendo mais comuns nos quadros de amigdalite”, explicou.
Outro ponto que o otorrino esclarece é que o termo faringite é bastante amplo. A garganta se estende até a laringe, que é a região mais posterior da nossa via aérea superior. Então, na laringe, pode ocorrer o quadro de comprometimento da corda vocal, rouquidão, desconforto ao engolir.

Enfermidades geralmente estão relacionadas a faringites de origem viral ou bacteriana
Cuidados com a garganta – O profissional enfatiza que a maioria dos problemas de garganta envolvem os processos infecciosos e alérgicos. “Então, sempre batemos na tecla do fator imunológico. Ter a imunidade bem reforçada, manter a hidratação, e se apresentar histórico de fatores alérgicos, sempre realizar acompanhamento e controle, pois os quadros de alergia necessitam desse controle. Temos os casos das amigdalites caseosas, em que existem restos de alimentos dentro da amígdala. Vale ressaltar que a higiene entra dentro desses aspectos”, alertou.
Tratamento caseiro – “Como nós temos o fator imunológico associado dentro dos recursos caseiros, geralmente as medicações são naturais. Em algumas, nós vemos resultados satisfatórios, porém, dependendo da situação é necessário fazer um suporte com as medicações necessárias, como antibióticos nos casos bacterianos. As mediações caseiras surtem mais efeitos nos sintomas, não no tratamento em si”, ponderou o otorrino.
Atenção aos períodos chuvosos – Na Policlínica Metropolitana, dependendo da época do ano, como por exemplo nos períodos chuvosos, encontram-se muitos quadros de etiologia viral, sendo bastante comum principalmente em crianças, devido ao processo de amadurecimento do sistema imunológico não estar totalmente completo. Em alguns casos evolui também para quadros bacterianos, como as amigdalites bacterianas e algumas crianças evoluem até para cirurgia.
“Ao longo do ano nos deparamos mais com faringites virais, mas durante os períodos chuvosos é quando observamos as infecções em maior proporção. E as crianças são praticamente o ‘público-alvo’ devido aos processos imunológicos. Ao apresentar o quadro de infecção, algumas delas evoluíram para o quadro bacteriano e tem o crescimento das amígdalas, e outras até para cirurgia pelo quadro crônico”, frisou o especialista.
Texto: Ascom/Poli Metropolitana
Fotos: Rogério Uchôa/Ag. Pará