Fonoaudiólogos do HGT alertam sobre riscos e tratamento à Disfagia

Fonoaudiólogos do HGT alertam sobre riscos e tratamento à Disfagia

22/03/2022 Off Por Roberta Vilanova

A equipe de Fonoaudiologia do HGT falou sobre disfalgia para cerca de 100 pessoas nas áreas de atendimento

Dificuldade de mastigar ou manter o alimento dentro da boca, tempo prolongado para engolir ou necessidade de engolir várias vezes o alimento líquido ou a saliva. São alguns dos principais sintomas da disfagia que causa dificuldade de deglutição.

Este assunto foi tema da ação de educação em saúde realizado, regularmente, por profissionais da equipe do Hospital Geral de Tailândia (HGT), que levam informações para a prevenção da saúde e bem-estar junto aos colaboradores, usuários e acompanhantes.

Nesta terça-feira (22), a equipe de Fonoaudiologia da unidade hospitalar abordou o assunto para cerca de 100 pessoas que estavam nas áreas de atendimento do HGT, que oferece assistência de média complexidade para usuários da mesorregião do nordeste paraense. Durante o evento, houve a distribuição de cartilha educativa, além de uma atividade de interação com o público.

A ação de educação em saúde foi ministrada pela fonoaudióloga Sinthia Leão. A profissional explica que, se não for tratado adequadamente, esse distúrbio de deglutição, pode provocar até um Acidente Vascular Cerebral (AVC), mais conhecido como derrame.

Segundo a profissional, a disfagia pode ser de dois tipos: a Disfagia Orofaríngea que é uma condição que afeta a cavidade bucal e a faringe, causando dificuldade para engolir. Já a Disfagia Esofágica, traz uma condição caracterizada pela dificuldade da passagem do alimento depois do processo de deglutição.

“Os sintomas trazem uma dificuldade de mastigar e dor ao engolir, além da sensação de alimento parado na garganta e o escape de alimento pelo nariz, durante a alimentação. A doença pode causar ainda AVC, demências, doenças neuromusculares, intubação orotraqueal prolongada e câncer de cabeça e pescoço”, detalhou Sinthia Leão.

A ação de educação em saúde foi ministrada pela fonoaudióloga Sinthia Leão

Acompanhante na unidade hospitalar, a moradora de Tailândia, Aline Brasil, de 26 anos, aprovou o evento organizado pelo Grupo de Trabalho de Humanização (GTH). Ela admitiu que desconhecia a doença e ficou satisfeita em aprender sobre a temática que vai auxiliá-la ainda mais no cuidado com a sua avó de 89 anos, que está internada no HGT.

“Com a palestra da fonoaudióloga e a entrega de panfleto educativo, agora, conheço a disfagia e vou ficar mais atenta à minha saúde e a dos meus familiares. Sempre que tiver alguma dúvida sobre o assunto, vou consultar a cartilha e reler. Foi de fundamental importância para mim, porque essa doença, segundo a palestra, atinge um grande número de idosos e tenho a minha avó para cuidar”, concluiu a jovem.

Segundo dados do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), no Brasil, o distúrbio de deglutição acomete de 16% a 22% da população acima de 50 anos e alcança índices de 70% a 90% na população mais idosa. Estima-se que 20% a 40% dos pacientes após o AVC, apresentam disfagia, sendo identificada aspiração em até 55% destes pacientes.

Sinthia Leão encerrou a palestra com a orientação de que, em qualquer um desses sintomas, é importante procurar um profissional para o diagnóstico precoce da doença.

Dia da Disfagia – O Dia Nacional de Atenção à Disfagia foi instituído pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia após a publicação pelo Conselho Federal da resolução CFFA nº383, de 20 de março de 2010. A data foi criada com objetivo de auxiliar a população a reconhecer os sintomas, divulgar medidas de prevenção e orientar sobre o que fazer diante da suspeita de doença.

Estrutura – Com 51 leitos, o HGT dispõe de assistência de média complexidade garantida por uma equipe multidisciplinar que oferece as especialidades de Clínica Médica, Cirurgia Geral, Pediatria, Ginecologia/Obstetrícia, Ortopedia/Traumatologia, Radiologia, Anestesiologia e Cardiologia.

Serviço – O HGT é um órgão do Governo do Pará, administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). A unidade hospitalar fica na avenida Florianópolis, S/N, no bairro Novo. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (91) 3752.3121.

Texto: Pallmer Barros /HGT

Fotos: Divulgação