Hospital Abelardo Santos consolida o atendimento pediátrico da urgência à alta complexidade

Hospital Abelardo Santos consolida o atendimento pediátrico da urgência à alta complexidade

21/03/2022 Off Por Roberta Vilanova

UTI e UCI são espaços destinados ao atendimento pediátrico de alta complexidade

Referência no Atendimento à Mulher e à Criança, em Belém, o Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), localizado no distrito de Icoaraci, atua em quatro frentes pediátricas: pronto-socorro, cirurgia, internação clínica e na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), além do acolhimento nas Unidades de Cuidados Intermediários (UCIs). Na comemoração pelo Dia Mundial da Infância, nesta segunda-feira (21), profissionais de saúde reforçam os cuidados tomados pela unidade para preservar os direitos das crianças durante a hospitalização.

A Constituição Federal, em outubro de 1988, passou a assegurar à criança e ao adolescente prioridade absoluta em relação ao direito à vida, à saúde, à dignidade e ao respeito, dentre outros direitos, sendo dever da família garantir esses direitos, e também da sociedade e do Estado. Dentro do hospital, mesmo diante dos desafios da hospitalização, é preciso manter a dignidade desses pacientes.

“O direito da criança é ser acompanhada pela mãe, pai ou responsável durante todo o período da hospitalização, bem como receber visitas, não ser separada da sua mãe ao nascer, receber aleitamento materno sem restrições, direito a não sentir dor quando há meios para evitá-la”, ressalta a assistente social Cliciane da Costa.

“Estamos aqui no Hospital Abelardo Santos como amigos da criança, acolhedor da família e como um laço uniforme de toda a equipe multiprofissional em relação aos familiares responsáveis por essas crianças, minimizando todos os atritos e as dificuldades, para que elas permaneçam sempre acompanhadas. Além disso, ações recreativas e educativas também são ofertadas para esses pacientes aqui na nossa unidade”, acrescenta Cliciane da Costa.

O HRAS garante os direitos das crianças ao acesso à saúde

Cirurgias – Ao longo de 2021, o HRAS realizou 544 cirurgias pediátricas. A coordenadora da unidade, Vera Nunes, acrescenta que apenas nos três primeiros meses de 2022, até 20 de março, 160 crianças receberam atendimento. “Nesse ano, com a volta total do fluxo de atendimento cirúrgico, temos em média 53 procedimentos cirúrgicos/mês para crianças. Fazemos desde cirurgias simples ortopédicas, até cirurgia de alta complexidade, em neurologia e vascular. Nossa equipe está preparada para atender a todos os direitos das crianças, preservando sua saúde e bem-estar”, garante Vera Nunes.

No ano passado, 32.707 crianças passaram pelo Pronto-Atendimento Pediátrico do HRAS. Só nos três primeiros meses deste ano (dados até 20 de março) já foram 7.617 atendimentos. “O pronto-socorro pediátrico do ‘Abelardo Santos’ está se tornando referência em atendimento de urgência e emergência pediátrica, composto por sala vermelha, sala amarela e sala azul. Atendemos aos mais diversos tipos de doenças, entre elas, com maior demanda, as viroses e casos especializados em atendimento para cirurgia pediátrica”, informa Shamira Resques, coordenadora do PS Infantil.

Incentivo aos cuidados com os bebês prematuros

Prematuros – O Hospital Abelardo Santos conta, também, com o suporte de 50 leitos voltados à recuperação dos bebês prematuros, divididos em UTIs e UCIs. Os bebês prematuros receberam na unidade um atendimento de qualidade e humanizado. Dentro da UCI é aplicado, ainda, o método Canguru (que promove o contato físico da mãe com o bebê prematuro), dentro da linha de cuidados progressivos.

No ano passado, 1.133 ficaram internadas na unidade. Este ano, apenas nos dois primeiros meses, foram 113. A coordenadora de Enfermagem, Adrileia Brito, explica que as intenções pediátricas ocorrem em caráter de urgência ou via Central de Regulação. “As patologias variam desde pneumonia a quadros mais graves. Nossa unidade é composta de 25 leitos clínicos pediátricos e 10 leitos cirúrgicos pediátricos, com atendimento médico e de enfermagem nas 24 horas, além da equipe multiprofissional no diurno. Nossa missão é atender nosso usuário em sua integridade com humanização e respeito aos direitos da criança”, diz a coordenadora.

Atividades lúdicas são realizadas para alegrar as crianças no ambiente hospitalar

Direitos – Os Direitos da Criança Hospitalizada foram publicados pelo Ministério da Justiça e Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, que aprovaram, na íntegra, o texto elaborado pela Sociedade Brasileira de Pediatria. “Hoje, o HRAS é referência em atendimento pediátrico em todo o Estado do Pará, indo desde os primeiros cuidados aos prematuros até cirurgias de alta complexidade”, reitera Marcos Silveira, diretor Executivo do “Abelardo Santos”.

O gestor informa ainda que a unidade mantém projetos de humanização e educacionais para as crianças. “No PS Infantil temos o Pronto-Sorriso, onde toda sexta-feira é feita uma programação lúdica. Lançamos a Biblioteca Itinerante para levar literatura aos pacientes, sobretudo às crianças, como incentivo à leitura. Mantemos uma brinquedoteca e toda uma infraestrutura hospitalar para o melhor cuidado”, acrescenta o gestor.

O Hospital Regional Dr. Abelardo Santos é uma unidade de saúde da rede pública estadual, gerenciada pela Organização Social Mais Saúde, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

Principais direitos da criança e do adolescente hospitalizado:

– À proteção, à vida e à saúde, com absoluta prioridade e sem qualquer forma de discriminação.

– A ser hospitalizado quando for necessário ao seu tratamento, sem distinção de classe social, condição econômica, raça ou crença religiosa.

– A ser acompanhado por sua mãe, pai ou responsável, durante todo o período de sua hospitalização, bem como receber visitas.

– De não ser separado de sua mãe ao nascer.

– De ter conhecimento adequado de sua enfermidade, dos cuidados terapêuticos e diagnósticos, do prognóstico, respeitando sua fase cognitiva, além de receber amparo psicológico quando se fizer necessário.

– De desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para a saúde, acompanhamento do currículo escolar durante sua permanência hospitalar.

– A que seus pais ou responsáveis participem ativamente de seu diagnóstico, tratamento e prognóstico, recebendo informações sobre os procedimentos a que será submetido.

– A receber todos os recursos terapêuticos disponíveis para sua cura, reabilitação e/ou prevenção secundária e terciária.

– À confidencialidade de seus dados clínicos, bem como de tomar conhecimento dos mesmos, arquivados na instituição pelo prazo estipulado em lei.

– A ter uma morte digna, junto a seus familiares, quando esgotados todos os recursos terapêuticos disponíveis.

Fonte: Ministério da Justiça e Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, na Resolução do Conanda nº 41, de 17 de outubro de 1995.

Texto: Roberta Paraense/HRAS

Fotos: Divulgação