Hospital de Clínicas Gaspar Viana orienta sobre diagnóstico e cuidados na fibrose pulmonar

Hospital de Clínicas Gaspar Viana orienta sobre diagnóstico e cuidados na fibrose pulmonar

17/01/2023 Off Por Roberta Vilanova

Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, em Belém

A fibrose pulmonar idiopática (FPI) é uma doença rara, mas sem cura, por isso o alerta deve estar ligado para os sintomas. Trata-se de uma lesão nas cicatrizes no tecido dos pulmões, tornando os tecidos endurecidos e dificultando o fluxo gasoso dentro do órgão, atrapalhando a respiração do paciente. Ela é mais comum em pessoas entre 50 e 60 anos.

Não existe uma causa definida para a doença, mas alguns fatores são considerados de bastante risco para o surgimento da fibrose pulmonar idiopática, o que inclui tabagismo e consequência de outras enfermidades que provocam lesões nos pulmões, como quadros mais graves da Covid-19. Outro fator relacionado à FPI é a exposição a inalantes respiratórios como fumaça, poeira, pena de aves, mofos etc. Além disso, deve-se levar em conta fatores genéticos para o aparecimento da doença.

Adair Elleres é pneumologista no Hospital de Clínicas Gaspar Viana, em Belém, e salientou os sintomas que devem servir de alarme para a população: “Os sintomas mais comuns são tosse seca, falta de ar e fadiga, que vão tendo uma piora progressiva até começar a ser tratada. Os pacientes que foram acometidos da forma pulmonar mais grave pela Covid-19 devem estar ainda mais atentos”, declarou.

A pneumologista também falou sobre o fluxo de atendimento para casos suspeitos de fibrose pulmonar idiopática: “Em caso do surgimento e permanência desses sintomas, deve-se procurar um atendimento inicial por um médico clínico e perante a suspeita, o paciente é encaminhado ao especialista. No nosso Sistema Único de Saúde (SUS), no estado do Pará, temos ambulatório de referência em Doenças Intersticiais no Hospital Universitário João Barros Barreto”, acrescentou.

Como trata-se de uma doença sem cura, o tratamento é feito para que o quadro de lesão pulmonar não piore. São utilizados medicamentos antifibróticos que impedem o avanço do quadro. Em pacientes com dificuldades respiratórias graves causado pela doença, é feita suplementação de oxigênio no paciente, aumentando o fluxo de ar nos órgãos. Também é feito um tratamento complementar de reabilitação respiratória, com exercícios físicos específicos para cada quadro. Essas medidas têm como objetivo melhorar a qualidade de vida do paciente, visando levá-lo a ter uma rotina mais próxima da normalidade possível.

Texto: Edilson Teixeira/Sespa

Foto: Marcelo Seabra/Ag. Pará