Hospital Galileu alerta para o diagnóstico precoce leucemia, Alzheimer e Fibromialgia e o lúpus

Hospital Galileu alerta para o diagnóstico precoce leucemia, Alzheimer e Fibromialgia e o lúpus

17/02/2022 Off Por Roberta Vilanova

A ação integra a Campanha Fevereiro Roxo, dedicada à conscientização sobre essas patologias

Nesta quinta e sexta-feira (17 e 18), o Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), na Grande Belém, realiza uma programação voltada aos pacientes e acompanhantes da unidade, com alertas sobre as doenças de lúpus, Alzheimer e fibromialgia. A ação integra a Campanha Fevereiro Roxo, dedicada à conscientização sobre essas patologias que, apesar de diferentes, apresentam dois pontos em comuns: são crônicas e incuráveis. O mês também é sinalizado pela cor laranja, que chama a atenção da população sobre a leucemia – tipo de câncer no sangue -, e a importância da doação de medula óssea para o tratamento.

Os alertas feitos por profissionais da saúde do Galileu, serão em formatos de palestras e dinâmicas para mostrar os caminhos para os cuidados com pequenos sinais que indicam alguma dessas doenças.

A enfermeira Anne Segóvia, coordenadora de Humanização do Galileu, explica sobre a importância de conscientizar a população para que estas enfermidades sejam identificadas ainda na fase inicial e seus sintomas controlados ou retardados, oferecendo melhor qualidade de vida aos pacientes acometidos por elas. “Qualquer sintoma na pele ou no corpo, as pessoas podem procurar uma unidade básica de saúde. Geralmente, os alertas mais específicos destas doenças vêm com os exames de rotina, feitos na saúde básica. Lá, a enfermagem faz a triagem e encaminha o paciente para o especialista médico. E assim, já se inicia o tratamento, em unidades de referência. É importante estar sempre atento aos sinais que o corpo dá, às vezes são sutis e constantes. Quanto mais precoce o tratamento, mais chances há de um resultado eficaz, e menos sofrimento”, detalhou a coordenadora.

O enfermeiro Jofre Ribeiro, que também está entre os palestrantes, observa que o bate-papo tem como finalidade, abordar diversos tópicos. “É importante que as pessoas tenham conhecimento do conceito, mecanismo de ação, das causas, das estatísticas, de como identificar os sinais e sintomas de cada uma delas e da prevenção. Essa ação tem o objetivo de dar mais visibilidade aos que sofrem com esses transtornos e capacitar os colaboradores do Hospital Galileu”, salientou Jofre Ribeiro.

Perfil – A campanha mantém as cores laranja e roxo por terem significados importantes, como o alerta, o cuidado, a conscientização que, neste caso, de doenças que a população não tem muito conhecimento sobre os sintomas e consequências.

“Apesar de o Hospital não ter o perfil de tratamento de nenhuma dessas patologias que norteiam as campanhas de Fevereiro, nós temos o dever como unidade de saúde em levar à sociedade, alertas sobre doenças, principalmente, as que não possuem cura e sim, um tratamento específico e prolongado. O intuito de nossos profissionais com essa programação é, sobretudo, alertar e mostrar o caminho o qual os pacientes possam percorrer até iniciar um tratamento dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) ”, observou Alexandre Reis, diretor executivo do Hospital Galileu.

O Hospital Galileu é uma unidade do Governo do Estado do Pará, considerada como retaguarda de vítimas de traumas. Também é referência em alongamento e reconstrução óssea, além de cirurgia de traquéia e urologia. O hospital recebe pacientes de outras unidades da rede para receber tratamento de saúde especializado de médio a longo prazo. No Galileu, os paraenses têm o acompanhamento com diversos profissionais da equipe multiprofissional integrados em um atendimento diferenciado.

Serviço –  O Hospital Galileu é uma unidade pública, localizado na avenida Mário Covas, na Grande Belém. A instituição é administrada pelo Instituto de Saúde e Social da Amazônia – ISSAA, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

ALERTA 

Leucemia 

Prevenção: fazer exames de rotina para a prevenção da leucemia. Qualquer alteração no sangue que possa surgir, é indicado fazer exame de mielograma, no qual é coletado uma pequena quantidade de medula óssea.

Sintomas: pode surgir sangramento nas gengivas e no nariz, inchaço no pescoço, cansaço, dores nos ossos e nas articulações, febres que podem vir acompanhadas de suores noturnos, perda de peso, aparecimento de manchas na pele, palpitações e sensações incômodas na região abdominal.

Alzheimer

Sintomas: O mais característico é a perda de memória recente. Com a progressão da doença, vão aparecendo sintomas mais graves como, a perda de memória remota (ou seja, dos fatos mais antigos), bem como irritabilidade, falhas na linguagem, prejuízo na capacidade de se orientar no espaço e no tempo.

Prevenção: Não há prevenção específica, recomenda-se manter a cabeça ativa e uma boa vida social, regada a bons hábitos e estilos. Isto pode retardar ou até mesmo inibir a manifestação da doença.

Lúpus

Lúpus Discóide: fica limitado à pele da pessoa. Pode ser identificado com o surgimento de lesões avermelhadas com tamanhos, formatos e colorações específicas na pele, especialmente no rosto, na nuca e/ou no couro cabeludo.

Lúpus Sistêmico: esse tipo é o mais comum e pode ser leve ou grave, conforme cada situação. Algumas pessoas que têm o lúpus discóide podem, eventualmente, evoluir para o lúpus sistêmico.

Sinais: fadiga; febre; dor nas articulações; rigidez muscular e inchaços; rash cutâneo – vermelhidão na face em forma de “borboleta” sobre as bochechas e a ponta do nariz ou generalizado e pode piorar com a luz do sol.

Prevenção: Ainda não existem formas conhecidas de se prevenir o Lúpus, tendo em vista que as causas da doença ainda não são totalmente conhecidas e também não há vacinas.

Saiba mais sobre a Fibromialgia 

Sintomas: Ela é acompanhada de sintomas típicos, como sono não reparador (sono que não restaura a pessoa) e cansaço. Pode haver também distúrbios do humor como ansiedade e depressão, e muitos pacientes queixam-se de alterações da concentração e de memória.

Prevenção: recomenda-se fazer exercícios físicos, se possível, ir regularmente ao psicólogo, consultar a reumatologia, manter alimentação saudável e fazer atividades que amenize o estresse do dia a dia.

Texto: Roberta Paraense/HPEG

Foto: Divulgação