Policlínica de Tucuruí orienta sobre cuidados com uso de telas por pacientes com TEA

Orientações foram reforçadas em mais uma edição do Programa de Assistência ao Cuidador (Proac)

O uso de aparelhos eletrônicos com telas já faz parte da vida cotidiana das pessoas. Com eles, as pessoas se divertem e interagem umas com as outras, mas nem tudo nessa rotina de uso é positivo. Passar longos períodos na frente da televisão, tablet, computador e mexendo no celular pode ter efeitos nocivos à saúde, alerta a equipe de profissionais da Policlínica Lago de Tucuruí, na região sudeste do Pará.

O uso excessivo de telas pode impactar no sono, desencadear condições médicas crônicas como obesidade e diabetes, além de aumentar o risco de ter Transtorno de Jogo pela Internet (TJI) e também podendo ocasionar queda no rendimento escolar de crianças.
Todas essas orientações foras reforçadas em mais uma edição do Programa de Assistência ao Cuidador, o Proac, que acontece semanalmente na unidade e aborda diversos temas relacionados aos cuidados com autistas.

A coordenadora no Núcleo de Atenção ao Transtorno do Espectro do Autismo (Natea), Katya Barros, explica que o programa garanti momentos de cuidados aos pais e responsáveis dos usuários com TEA. “Hoje o tema foi sobre o uso excessivo de tela, isso foi uma demanda observada durante os atendimentos terapêuticos com os usuários, que partiu dos estagiários do curso de psicologia da faculdade Uninorte, que atuam aqui no Natea. Eles prepararam um material para fazer uma roda de conversa com os pais e a aceitação foi maravilhosa e muito produtiva”, destacou.

O filho da social media, Karen Ribeiro, de 27 anos, é atendido no Natea. Como acompanhante da criança ela considerou as informações recebidas relevantes. “Eu achei muito importante esse conteúdo apresentado. Na vida do meu filho o uso de telas foi prejudicial. E hoje eu luto contra isso. A apresentação estava muito boa, foi bem especifica e nos ajuda no nosso dia adia. Agora eu pretendo colocar em prática em casa da forma certa com o Samuel”, afirmou.

Para dona de casa Thayna Santos de Almeida, de 24 anos, a iniciativa foi esclarecedora. Ela considera que hoje em dia o acesso às telas está muito disponível, tanto para adultos quanto para crianças.

“Eu já sabia sobre a importância de usar devidamente os aparelhos eletrônicos, que devem ser estipulados horários e que é viciante. Fiz algumas mudanças em casa, minha filha tem acesso restrito ao celular, mas não tinha me atentado ao uso da televisão. A gente sempre aprende. As reuniões do Proac são muito boas, é um projeto muito bom para as nossas crianças, saímos dos encontros muito felizes”, enfatizou.

Natea – É um serviço especializado semi-intensivo, que prevê atendimento aos usuários com diagnóstico definitivo ou ainda em investigação de transtorno do espectro autista (TEA) a partir dos 2 anos de idade, que conste no laudo médico o CID F.84 ou CID 6A02, que estejam clinicamente estáveis e possuam retaguarda social ou familiar.

Atendimento – Para acesso ao atendimento pela primeira vez, os municípios da área de abrangência do complexo regulador estadual regional devem realizar a solicitação via sistema de regulação ambulatorial, direcionada a especialidade identificada como Pediatria – Natea, que é a especialidade definida como porta de entrada do serviço e atende exclusivamente a demanda do público do Natea e coordena o fluxo de encaminhamentos internos de acordo com as necessidades específicas de cada usuário.

Serviço:
O funcionamento da Policlínica Lago de Tucuruí é de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 19h. O serviço de hemodiálise também funciona aos sábados, em dois turnos. A unidade fica na avenida Raimundo Veridiano Cardoso, nº 1008, no bairro Santa Mônica, e o funcionamento é realizado 100% gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Texto: Ascom/Poli Tucuruí

Fotos: Divulgação