Secretaria de Saúde promove curso de formação em Saúde LGBTQIA+

O objetivo é oferecer para profissionais de saúde uma formação complementar a respeito das questões relevantes para a comunidade LGBTQIA+

Somente através do conhecimento e cuidado é que os avanços na área de saúde são possíveis. Partindo deste princípio, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) iniciou hoje, dia 26, o Curso de Introdução à Saúde LGBTQIA+. O evento tem como objetivo oferecer para profissionais de saúde uma formação complementar a respeito das questões relevantes para a comunidade LGBTQIA+.

A programação faz parte de uma série de medidas que o governo do Pará tem realizado para contribuir com o acolhimento de toda a comunidade LGBTQIA+ na rede de pública de saúde. Durante de três dias do evento, dias 26, 27 e 28 de abril, os profissionais de saúde terão palestras que abordarão diferentes aspectos relacionados à saúde da comunidade LGBTQIA+.

Sipriano Ferraz, secretário adjunto de Políticas de Saúde

Na abertura do evento, o secretário adjunto de Gestão de Políticas de Saúde da Sespa, Sipriano Ferraz, falou sobre as motivações para a realização do curso: “Estamos alinhando projetos voltados para a comunidade LGBTQIA+ há mais de um ano e conversando com movimentos que lutam pela causa, resolvemos realizar esse curso com grandes profissionais que têm muito a nos ensinar. Temos orgulho do evento que estamos promovendo”, declarou.

Carla Figueiredo, diretora-técnica da Sespa, também avaliou a importância do curso: “Nós sabemos que é um assunto que precisa ser cada vez mais explorado e a saúde tem que ser sensível ao tema, não podendo estar distante da realidade. São alguns passos que estamos dando para construir uma política pública consistente para a comunidade LGBTQIA+”.

Bernardo Maia, médico infectologista

Palestrante no primeiro dia de programação e responsável pela ementa do curso, o médico infectologista, Bernardo Maia, explicou a escolha dos temas. “Existe uma lacuna em toda a sociedade em questões relacionadas à comunidade LGBTQIA+ e a nossa área não é diferente. Só que ao falar de profissionais de saúde, as consequências de não saber lidar com esse público são ainda mais graves. Este curso vai mostrar a importância do conhecimento de conceitos e de procedimentos para todos os envolvidos na rede de saúde”, declarou.

O médico abordou na palestra, primeiramente, as diferenças de conceitos básicos relevantes no atendimento de saúde da comunidade LGBTQIA+, como gênero, sexualidade e orientação sexual, após, ele falou sobre a história da evolução do tratamento de saúde da comunidade LGBTQIA+, como, por exemplo, a retirada da homossexualidade do quadro de patologias do País, ocorrido apenas no ano de 1990.

A psicóloga Mariana Carvalho abordou o tema central do acolhimento a pessoas da comunidade LGBTQIA+ nas unidades de saúde, como forma de aumentar as chances de um tratamento mais qualificado, tornando maior a chance de sucesso no atendimento. A última palestra do primeiro dia de curso foi ministrada pelo também psicólogo, Felipe Blanco. Ele abordou a saúde mental dos integrantes da comunidade LGBTQIA+, principalmente, os efeitos de preconceitos e os atendimentos de saúde inadequados.

Texto:Edilson Teixeira/Sespa

Foto: José Pantoja/Sespa