“Sextou sem dor” ameniza dor e tensão de pacientes do Hospital Galileu, na Grande Belém

“Sextou sem dor” ameniza dor e tensão de pacientes do Hospital Galileu, na Grande Belém

18/03/2022 Off Por Roberta Vilanova

Ação iniciou neste mês de março, intensificando as sessões de fisioterapia às sextas-feiras

“Sextar” dentro de uma unidade hospitalar pode parecer impossível, mas, na verdade, não é. Com o projeto “Sextou sem dor”, pacientes do Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), localizado na Grande Belém, estão sendo beneficiados com as técnicas de fisioterapia como uma aliada no combate ao desconforto e às limitações causadas pelas dores intensas, além de amenizar o estresse e a tensão, provocados pelo contexto de internação.

As técnicas são uma alternativa ao uso crônico de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios que, além de trazerem diversos efeitos colaterais, combatem apenas a causa momentaneamente, não agindo em longo prazo. Esse tratamento fisioterapêutico pode contribuir, por exemplo, com a melhora da amplitude dos movimentos, com a redução de quadros inflamatórios, prevenindo e tratando as deformidades articulares, e, ainda, mantendo ou elevando a força muscular.

“O ‘Sextou sem dor’ foi criado por nós, fisioterapeutas da unidade, para ajudar aqueles pacientes que estão sentindo dores bem intensas, o que acaba impedindo de evoluir com o tratamento. Então, decidimos tirar, às sextas-feiras, um momento para fazer procedimentos com equipamentos fisioterapêuticos que irão ajudar na melhora dessa dor. Isso vai garantir que eles passem o final de semana melhor”, explicou Dimitri Anete, responsável técnico.

O fisioterapeuta também afirma que o objetivo do projeto é diminuir o grau de dor do paciente, ajudando, assim, na evolução do seu tratamento. “A finalidade, ainda, é reduzir o uso de medicamentos pesados para a melhora dessa dor. Também temos a acupuntura, que segue na mesma base do projeto ‘Sextou sem dor’. E mudam algumas coisas: queremos ajudar as pessoas que estão sentindo dores emocionais, físicas e mentais, pois a acupuntura ajuda de uma forma global em todos os tipos de dores”, acrescentou Anete.

Ultrassom proporciona alívio das dores

Adesão – O paciente Natanael Lima, de 36 anos, reconhece que o projeto trouxe um alívio para suas dores. “Sinto, à noite, uma dor terrível nas pernas. E percebi que, com a fisioterapia, tive uma redução na dor. Para quem está acamado, fazendo tratamento, o projeto, de fato, vem amenizar o sofrimento”, comentou.

O paciente Matheus da Silva Bezerra também aprovou a iniciativa. “Tem sido muito importante para a nossa evolução no tratamento. A gente se sente mais confortável e confiante”, disse.

Com a melhora da sua capacidade funcional e nas dores das pernas, Valdo Benilson Trindade da Rocha também avalia positivamente o “Sextou sem dor”.

“Ele foi tão bom que eu gostaria que fossem mais dias. Usa (a terapêutica) equipamentos muito interessantes que fazem muito bem ao nosso corpo”, frisou.

Perfil – O Hospital Galileu é uma unidade do Governo do Estado do Pará, considerada como retaguarda de vítimas de traumas. Também é referência em alongamento e reconstrução óssea, além de cirurgia de traqueia e urologia. O Galileu recebe pacientes de outras unidades da Rede Estadual para tratamento de saúde especializado de médio a longo prazo. No hospital, os paraenses têm o acompanhamento com diversos profissionais da equipe multiprofissional integrados em um atendimento diferenciado.

Para o gerente assistencial do Galileu, Alan Ferreira, o projeto é de grande relevância, sobretudo, devido ao perfil de atendimento do Hospital. “A intervenção da fisioterapia traumato-ortopédica é de suma importância na prevenção e no tratamento de distúrbios. Através da fisioterapia, o tratamento visa maximizar a funcionalidade do paciente reduzindo o quadro doloroso e as alterações encontradas no sistema motor e sensitivo. Por isso, o Projeto ‘Sextou sem dor’ é de suma importância para os pacientes”, observou.

Serviço: O Hospital Galileu é uma unidade pública, localizado na avenida Mário Covas, na Grande Belém. A instituição é administrada pelo Instituto de Saúde e Social da Amazônia – ISSAA, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

Texto: Roberta Paraense/HPEG

Fotos: Divulgação