Síndrome de Burnout é tema de palestra para profissionais do Hospital Metropolitano

Unidade de saúde do governo do Estado alerta para a importância da saúde mental dos profissionais que atendem ao público

Cansaço excessivo, físico e mental, dor de cabeça frequente, alterações no apetite e insônia são alguns sintomas apresentados por pessoas acometidas com Burnout, distúrbio emocional também conhecido como Síndrome do Esgotamento Profissional. De acordo com pesquisa realizada pela International Stress Management Association (Isma), instituição voltada para o controle do estresse, 30% dos trabalhadores brasileiros apresentam o problema.

Para debater o assunto, o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), localizado em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém, realizou na tarde de terça-feira (24) a palestra “Síndrome de Burnout e as Saídas”, ministrada pelo médico psiquiatra Diego Moraes.

Desenvolvida pelo Setor de Psicossocial da unidade, a programação contempla o calendário elaborado para a campanha “Janeiro Branco”, criada para alertar sobre a necessidade de manter cuidados com a saúde mental, e reuniu profissionais que atuam em diversas áreas.

Diálogo – Segundo o diretor assistencial do Hospital Metropolitano, Clóvis Guse, é fundamental chamar a atenção e reforçar a importância do diálogo sobre problemas associados à saúde mental, dentro e fora do HMUE. “As problemáticas associadas à saúde mental vêm crescendo cada vez mais, por isso é tão importante debater sobre, a fim de entender o que pode ser melhorado, os fatores que corroboram para que aconteça e, claro, oferecer ajuda profissional”, frisou.

“Nosso papel é tratar, sempre de forma humanizada, pacientes vítimas de traumas complexos. A saúde de quem atua para isso no Hospital Metropolitano também está entre as prioridades do modelo de gestão da unidade”, reiterou o diretor.

Segundo o psiquiatra Diego Moraes, é importante que as pessoas busquem entender as causas do transtorno. “É fundamental criar zonas de respiros, que são mecanismos usados para amenizar o dano, como técnicas de relaxamento, atividades físicas regulares, diminuição do consumo de drogas e espiritualidade, entre outros, além de buscar entender as causas desses danos, se distanciar delas e buscar auxílio profissional”, ressaltou o médico.

Entre os servidores que participaram e aprovaram a atividade está a enfermeira Camila Carmona. “Sem dúvidas, a atividade age de forma muito positiva, sobretudo no momento em que estamos vivendo ainda com reflexos trazidos pela pandemia. Cuidar da saúde mental é importante para todos”, afirmou.

Especialidades  – Referência na região Norte no tratamento de traumas de média e alta complexidade, o Hospital Metropolitano dispõe de 208 leitos operacionais nas especialidades de traumatologia, cirurgia geral, neurocirurgia, clínica médica, pediatria e cirurgia plástica – esta especialidade exclusiva para vítimas de queimaduras -, além de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Somente em 2022, foram realizados mais de meio milhão de atendimentos, entre internações, cirurgias, exames laboratoriais e por imagem, atendimentos multiprofissionais e consultas ambulatoriais.

O Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência pertence à rede de saúde pública do Estado, e é gerenciada pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH).

Texto: Alberto Dergan/HMUE

Foto: Divulgação