Abelardo Santos realiza programação com ações voltadas à prevenção do diabetes

Abelardo Santos realiza programação com ações voltadas à prevenção do diabetes

12/11/2021 Off Por Roberta Vilanova

As ações estão sendo realizadas em parceria com o Fórum Paraense do Mutirão do Diabetes, em alusão ao Dia Mundial do Diabetes

Uma programação com orientações, consultas e ciclismo é a estratégia usada pelo Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), em Icoaraci, distrito de Belém, para alertar a sociedade sobre os sinais, sintomas e fatores de risco do diabetes. As ações estão sendo realizadas em parceria com o Fórum Paraense do Mutirão do Diabetes, em alusão ao Dia Mundial da doença, lembrado no próximo domingo (14), data escolhida pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1991, para reforçar a conscientização a respeito da enfermidade.

O primeiro evento ocorreu na manhã desta sexta-feira (12). A iniciativa contou com roda de conversa mediada pela equipe de enfermagem, que neste ano ganha destaque na campanha, sendo o tema central definido pela IDF: ‘Enfermeiros Fazem a Diferença’. Além desses profissionais, as orientações também foram realizadas com nefrologistas, cirurgiões vasculares, nutricionistas e a equipe de oftalmologia do Fórum Paraense do Mutirão do Diabetes. O evento ocorreu no período da manhã, no bloco F do HRAS, para os pacientes da clínica de hemodiálise e seus familiares e, ainda, aos demais usuários do hospital.

O diabetes é uma doença crônica metabólica caracterizada pelo aumento da glicose no sangue. O distúrbio acontece porque o pâncreas não é capaz de produzir a insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo. O hormônio promove a redução da glicemia ao permitir que o açúcar que está presente no sangue possa penetrar nas células, para ser utilizado como fonte de energia.

Diretor executivo HRAS, Marcos Silveira, o médico Luís Cláudio Pinto e Belina Soares, do Fórum

Para o diretor executivo do Abelardo Santos, Marcos Silveira, a programação tem como objetivo disseminar a informação para a prevenção e controle do diabetes, sobretudo, para os renais crônicos, já que a nefrologia entra no perfil de especialistas da unidade hospitalar. “Entendendo a necessidade de ampliar esse conhecimento aos nossos usuários e a sociedade. Nos unimos nesta causa de forma tão intensa, com o objetivo de alertar sobre os impactos negativos que o diabetes provoca na vida das pessoas”, explicou o gestor. “No HRAS, o nosso foco maior é os renais crônicos, pois eles fazem parte de um grupo muito afetado com a doença, sendo quase 50% do total de pacientes que atendemos na hemodiálise, por exemplo”, ressaltou Silveira.

A diretora do Fórum Paraense do Mutirão do Diabetes, Belina Soares, explicou que a ação está associada ao esforço da Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (ANAD) e pela Federação Nacional das Associações e Entidades de Diabetes (FENAD). A programação visa aumentar a conscientização global sobre o Diabetes e contribuir para a redução da incidência do Diabetes Mellitus (DM) e da morbimortalidade da doença, melhorando a qualidade de vida da população.

“Nosso objetivo é alertar a sociedade sobre a prevenção, diagnóstico e sequelas do diabetes e reforçar que os cuidados com a saúde envolvem hábitos saudáveis como boa alimentação e atividade física, que são essenciais, tanto para as pessoas que não são acometidas pela doença, quanto para as que são”, enfatizou Belina. O projeto envolve esclarecimento sobre a doença, identificação e encaminhamento para tratamento de pessoas pertencentes aos grupos de risco.

Quase 50% dos renais crônicos atendidos no HRAS têm diabetes

Renais crônicos  – O Hospital Abelardo Santos é público e administrado pelo Instituto Mais Saúde, em parceria com a Secretaria de Saúde Pública (Sespa). A maior unidade da rede pública do Governo do Estado dispõe de uma clínica de hemodiálise que atualmente atende 93 renais crônicos, sendo que destes, 42 são acometidos com diabetes e precisam de uma atenção especial. “Nos pacientes com insuficiência renal e que já fazem hemodiálise, eles normalmente precisam fazer uso de insulina e ter um acompanhamento multiprofissional para ajustes de prescrições e na alimentação. Essas medidas são essenciais”, disse o nefrologista Luís Claudio Pinto, responsável técnico pela diálise do HRAS.

Já os pacientes que são diabéticos e apresentam algum tipo de disfunção renal, e que não precisam de hemodiálise, são acompanhados pela especialidade de clínica médica ou nefrologia no ambulatório. Estes atendimentos são encaminhados para o HRAS através da Rede de Regulação Estadual.

Experiências – O aposentado Josélio Nascimento, de 60 anos, morador de Icoaraci, descobriu que tinha diabetes há 10 anos. Ele relatou que início não se importava com a sua saúde e cometia muitos exageros na alimentação. Com o agravamento da doença, há um pouco mais de um ano, ele precisou fazer hemodiálise três vezes por semana e realizar um procedimento de amputação do pé direito em 2020, quando apareceu uma bolha no membro.

“Agora me cuido mais, comecei a me alimentar melhor e parei de beber bebidas alcoólicas. Para mim, o atendimento aqui no Abelardo é nota 10 e além de tudo, o hospital ainda é bem perto da minha casa. Meu atendimento sempre foi excelente, aqui na hemodiálise, no meu acompanhamento com o cirurgião vascular e quando operei do meu pé também. Não tenho do que reclamar”, elogiou.

Já o aposentado Nivaldo Cardoso, de 61 anos, que realiza hemodiálise no HRAS há um ano, considerou a ação fundamental para seu esclarecimento e de sua família. Ele e a esposa, Elzanira Cardoso, 62, passaram por avaliação oftalmológica durante o mutirão. “Trouxe minha companheira para aprender também tudo que é relacionado à doença, já que além de eu ter problemas nos rins, tenho diabetes. Quero parabenizar a iniciativa, já que essa ação foi muito boa para nos alertar a cuidar da nossa saúde”, enfatizou.

Quem também foi beneficiado com a programação foi o aposentado Valdeci Silva, 55 anos.  Assim como Nilvaldo, ele também faz hemodiálise e é portador do diabetes. “O meu atendimento oftalmológico foi maravilhoso. Dou nota 10 para essa ação. É preciso realmente alertar a população para não descuidar da saúde”, declarou Valdeci.

O objetivo da ação é alertar sobre a prevenção, diagnóstico e sequelas do diabetes

Alerta  – Segundo o Ministério da Saúde, o diabetes afeta cerca de 250 milhões de pessoas em todo o mundo. Só no Brasil, são mais de 13 milhões que vivem com a doença, afirmou a Sociedade Brasileira de Diabetes, em 2019. Em Belém, segundo dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL, 2019), cerca de 6,8% dos belenenses adultos têm diabetes, sendo a incidência de 6,4% em homens e de 7,1% em mulheres. A pesquisa aponta ainda que 90,4% das pessoas com diabetes fazem tratamento medicamentoso para a doença na capital paraense. E o Atlas da International Diabetes Federation (IDF) de 2019 indica que o número de pessoas com Diabetes Mellitus (DM) em todo o mundo era de 463 milhões.

Pedal – A programação alusiva ao Mutirão do Diabetes segue no dia 5 de dezembro.  Juntas, as entidades promoverão um passeio ciclístico que promete movimentar as principais ruas do entorno da unidade. O estacionamento do HRAS será o local da largada, que ocorrerá por volta das 8h. O percurso deve ter duração de três horas, com a chegada prevista também na unidade hospitalar. Para o pedal, estão sendo esperadas 250 pessoas.

Programação

“Alerta do diabetes aos renais crônicos e usuários HRAS”

Data: sexta-feira (12/11)

Local: Hospital Abelardo Santos, distrito de Icoaraci, em Belém.

Ação: Palestras de orientação e atendimentos com o nefrologista, cirurgião vascular, nutricionista e a equipe de oftalmologia do Coordenador do Fórum Paraense do Mutirão do Diabetes Edmundo Almeida, em alusão ao Dia Mundial do Diabetes.

 

“Pedal contra o diabetes”

Data: domingo (05/12)

Horário de saída do HRAS: 8h

Horário da chegada: 11h

Local: Roteiro Pedal de Prevenção ao Diabetes

Roteiro: Entorno do Hospital Abelardo Santos

Texto: Roberta Paraense/HRAS

Fotos: Divulgação