Ao longo de 2021, Abelardo Santos atinge a marca de mais de 7.7 mil cirurgias

Ao longo de 2021, Abelardo Santos atinge a marca de mais de 7.7 mil cirurgias

13/12/2021 Off Por Roberta Vilanova

Só no mês de agosto, o HRAS realizou 849 intervenções cirúrgicas

No último dia 2 de novembro, o autônomo Valdilei de Souza, de 51 anos, ingeriu uma espinha de peixe e foi encaminhado do Pronto-Socorro Municipal Mário Pinotti, em Belém, para o Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), no distrito de Icoaraci, também na capital paraense. Ao chegar na unidade do Governo do Estado, imediatamente, ele realizou um procedimento cirúrgico para a retirada. Após a intervenção, ele não contava com uma intercorrência, em função do diabetes. Assim, teve de prolongar sua hospitalização por quase um mês.

“Fiquei com a glicemia alterada. Ela evoluiu para um abscesso cervical. Tive bastante dificuldade, me alimentava apenas por sonda. Mas o atendimento, a internação, os cuidados no HRAS foram excelentes. Tudo isso contou para minha recuperação”, contou o autônomo que, no dia 3 de dezembro, recebeu alta médica. “Uma cirurgia de última hora. Um acaso, que se transformou um muito sofrimento, mas estou muito feliz e agradecido por voltar bem para casa”, comemorou o paciente.

A cirurgia de Valdilei foi um dos 7.718 procedimentos cirúrgicos realizados no Hospital Abelardo Santos ao longo dos últimos 11 meses. A unidade, referência da Rede Estadual de Saúde, em alta complexidade, por mês, realiza, em média, 700 intervenções.

Os procedimentos, disponibilizados para a população de todo o Pará, estão dentro das especialidades médicas: obstetrícia, vascular, cirurgia pediátrica, ginecologia, urologia, neurocirurgia, cirurgia torácica, mastologia, ortopedia pediátrica e cirurgia geral. Além do complexo cirúrgico, a unidade conta com a hemodinâmica para procedimentos minimamente invasivos.

Experiências – A dona de casa Solange Rodrigues, de Vila Nova, no município de Terra Alta, no nordeste paraense, foi encaminhada para o HRAS, com fortes dores, devido às pedras na vesícula. Ela passou por um procedimento para a retirada de três cálculos. Internada há um mês e oito dias, ela considera o atendimento satisfatório. “Eu cheguei com crise e minha vesícula estava muito infeccionada, mas agora já estou bem e meus pontos estão bem sequinhos”, observou.

O aposentado Valdemar Prestes, 80 anos, foi referenciado em Concórdia do Pará, no dia 6 de novembro, com infecção no membro inferior esquerdo. Devido ao diabetes, realizou a amputação da perna e, ainda, uma angioplastia “Gostei bastante do atendimento, da equipe médica e de enfermagem. Passei por um procedimento tranquilo, não tenho do que reclamar”, disse.

Funcionamento – O diretor executivo do Abelardo Santos, Marcos Silveira, avalia quantidade de procedimentos como resultado de uma união de esforços das equipes. “Passamos por um período intenso na saúde por conta da pandemia. Como estratégia do Governo do Estado, entre março a maio, o HRAS teve de transformar 220 leitos para atender exclusivamente pacientes com Covid-19 e mesmo assim, continuamos a fazer procedimentos cirúrgicos de emergência. A partir de maio, com o retorno gradual do perfil original do HRAS, voltamos com todos os procedimentos cirúrgicos, e destacamos o mês de agosto, no qual tivemos 849 intervenções cirúrgicas”, detalhou o gestor.

Hemodinâmica – Por tratar alta complexidade, o HRAS conta com uma sala de hemodinâmica, a qual se propõe a realizar exames diagnósticos e intervenções terapêuticas por meio de radiologia cardiovascular, usualmente recorrendo a cateteres e injeções de contraste. A supervisora do complexo cirúrgico do hospital, a enfermeira Núbia Cardoso, explica que no setor são realizados procedimentos terapêuticos como angioplastia, drenagens e embolizações terapêuticas. “A hemodinâmica é utilizada para tratamentos mais delicados, ligados às especialidades de neuro e vascular”, observou.

O Hospital Regional Abelardo Santos recebe pacientes de todo o estado do Pará

Referência – O Abelardo Santos é um hospital público, administrado pelo Instituto Mais Saúde, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). “O HRAS acolhe pacientes de todo o estado, e devido sua infraestrutura com alta tecnologia, consegue tratar diversas patologias, inclusive, as minimamente invasivas, as quais, algumas não são patrocinadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Mais de 7,7 mil cirurgias em 11 meses, sendo parte de alta complexidade, aponta um trabalho célere dentro da Rede, com o objetivo de salvar vidas e promover a assistência à população”, explicou o secretário de saúde do Pará, Rômulo Rodovalho.

Texto: Roberta Paraense/Ascom HRAS

Fotos: Divulgação