Em alusão ao Dia do Beijo, especialista da Sespa alerta para prevenção de várias doenças

Manter a boca saudável, com escovação e consultas com odontólogos, é essencial para prevenir doenças e beijar sem receios

Ele está presente em chegadas e partidas, como prova de carinho e demonstração de alegria, amor e amizade. Mas apesar de toda sua simbologia, o beijo também pode ser um agente transmissor de doenças, explica a coordenadora de Saúde Bucal da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Alessandra Amaral. “Em um beijo são transmitidas mais de 250 mil bactérias. A expressão de carinho também é uma porta de entrada e saída para doenças”, informa.

Celebrado no dia 13 de abril, o Dia Internacional do Beijo ou Dia do Beijo visa chamar a atenção para a importância da prevenção na saúde bucal. Por isso, a coordenadora orienta sobre como se prevenir. “A primeira coisa é fazer a higiene bucal correta, como escovar os dentes pelo menos três vezes ao dia, e isso inclui língua e gengiva; utilizar o fio dental; trocar a escova periodicamente e consultar um dentista de forma regular também é importante”, ressalta Alessandra Amaral.

Dentre as principais doenças transmitidas pelo beijo ou saliva estão as mononucleoses infecciosas, herpes, gripe e resfriados, catapora, caxumba, sífilis e Covid-19. Segundo a coordenadora, normalmente as doenças transmitidas pelo beijo possuem curta duração, e às vezes se curam sozinhas. No entanto, há casos que podem gerar complicações e infecções, que podem atingir outras partes do corpo, como o cérebro.

Alessandra Amaral elencou os principais cuidados para manter a saúde bucal

Segundo a coordenadora, também é necessário procurar um profissional ao perceber pequenas lesões e alterações na boca. “Ele dará um diagnóstico e a orientação certa”, acrescenta. A especialista ressalta, ainda, o risco de beijar desconhecidos que estejam com doença bucal. “Beijar diversas pessoas, por mais que seja um ato inofensivo, é capaz de nos expor a diversos problemas, como caxumba e herpes. Isso aumenta a incidência das doenças e infecções transmissíveis pela saliva”, destacou.

Prevenção – Lavar bem as mãos sempre que estiver em locais públicos é essencial, pois o contato com a saliva e muco infectado ocorre mesmo sem o beijo. Basta colocar a mão contaminada próximo da boca.
Também não é indicado beijar uma criança na boca, pois além de não ser higiênica, a ação ocasiona a transmissão de vírus, bactérias e cáries. Ainda com relação às crianças, também não se deve permitir que outras pessoas levem objetos infantis à boca, como chupetas, mordedores e mamadeiras.

Apesar dos riscos, o beijo tem vantagens além da troca de sentimentos. Beijar estimula 29 músculos e queima em torno de 12 calorias. Com os cuidados necessários, continua sendo uma das mais naturais demonstrações de afeto.

Texto: Tatiane Freitas/Sespa

Fotos: Pedro Guerreiro e Rodrigo Pinheiro/Ag. Pará