Fonoaudiólogas do Regional do Leste alertam sobre a disfagia, seus sintomas e tratamento

Fonoaudiólogas do Regional do Leste alertam sobre a disfagia, seus sintomas e tratamento

25/03/2024 Off Por Roberta Vilanova

Em determinados casos, a disfagia pode ser o primeiro sintoma de uma doença subjacente

Reconhecer mudanças em nosso corpo nos permite abordar preocupações de saúde antes que elas se agravem e este tipo de entendimento pode melhorar significativamente nossa qualidade de vida e bem-estar. Nessa perspectiva, no mês que é celebrado o “Dia Nacional de Atenção à Disfagia”, as fonoaudiólogas Lara Lemos e Larissa Lemos, do Hospital Regional Público do Leste (HRPL), em Paragominas, destacam os principais sintomas e a importância do diagnóstico e tratamento precoce a fim de alertar a população.

Lara Lemos explica que essa condição pode afetar pessoas de todas as idades, desde recém-nascidos até idosos, e está associada a diversas condições médicas. Em determinados casos, a disfagia pode ser o primeiro sintoma de uma doença subjacente. As causas mais comuns da dificuldade de deglutição incluem doenças neurológicas como Acidente Vascular Cerebral (AVC), traumatismo cranioencefálico, Parkinson, Alzheimer, paralisia cerebral; condições oncológicas como câncer de cabeça e pescoço, pulmão e tumores do sistema nervoso central; além de pacientes que estiveram em ventilação mecânica invasiva, doença pulmonar obstrutiva crônica e o processo natural de envelhecimento.

“Geralmente, só prestamos atenção à forma de engolir quando experimentamos desconforto ou dor durante esse ato. Esses sinais devem ser levados a sério, pois podem indicar disfagia. Os sinais e sintomas incluem dor ao engolir, sensação de obstrução na garganta, dor no peito, engasgos, pneumonia recorrente, falta de ar e perda de peso”, informou a profissional.

Larissa Lemos acrescenta que o diagnóstico e tratamento da disfagia envolvem uma abordagem multidisciplinar, com o apoio de médicos, fonoaudiólogos, nutricionistas e outros profissionais de saúde. “O fonoaudiólogo desempenha um papel crucial no diagnóstico funcional e na reabilitação das disfagias orofaríngeas, identificando a causa do problema, recomendando técnicas de reabilitação e orientando sobre modificações na dieta (consistência dos alimentos mais seguros, manobras de deglutição, recomendação de via de alimentação segura, entra outras abordagens)”, finalizou.

Data serve para informar sobre a doença que muitas pessoas desconhecem

Maria Raimunda Pinheiro, 42 anos, acompanha a filha, Fernanda Pinheiro, 21, que apresentou disfagia e foi internada na unidade hospitalar do HRPL. Ela conta que desconhecia a doença e diz que a condição prejudica o bem-estar das pessoas acometidas. “Muitas pessoas, por não saberem do que se trata e nem como tratar adequadamente, acabam sofrendo mais. Minha filha estava se engasgando de forma recorrente em casa e não sabia o que era. Quando chegamos no HRPL, ela foi acompanhada pela fonoaudióloga, que explicou sobre a disfagia e como lidar com a situação. Acredito que o tema deva ser mais debatido, pois nunca estamos preparados. Eu mesma não sabia que era. Quanto mais as pessoas tiverem informação, melhor”, enfatizou.

Serviço – O Hospital Regional Público do Leste é um órgão da rede de saúde do Governo do Pará administrado pelo Instituto Diretrizes, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

O HRPL fica localizado na Rua Adelaide Bernardes, s/n, no bairro Nova Conquista, em Paragominas. Mais informações pelos telefones: (91) 3739-1046 / 3739-1253 / 3739-1102

Texto: Pedro Amorim/HRPL

Fotos: Divulgação