Programa de Estimulação Precoce da Uremia atende cerca de 200 crianças por mês

Programa de Estimulação Precoce da Uremia atende cerca de 200 crianças por mês

31/05/2023 Off Por Roberta Vilanova

Maria Flor, agora com quase 3 anos, é acompanhada pelo Programa de Estimulação Precoce (PEP)

Desde os seis meses de vida, Maria Flor, agora com quase 3 anos, é acompanhada pelo Programa de Estimulação Precoce (PEP), desenvolvido pela Unidade de Referência Especializada Materno Infantil e Adolescente (Uremia). A mãe, Samira Freitas, descobriu, após o nascimento, que a filha tinha paralisia cerebral, por conta da ausência de massa encefálica e má-formação.

“Muita gente desacreditava que ela pudesse ter um desenvolvimento significativo e desde que ela começou o tratamento com a equipe multiprofissional do PEP percebemos as mudanças. Ela não prestava atenção em nada, não tinha força no pescoço, era todo o tempo deitadinha e conforme avançava no tratamento, ela desenvolveu muito”, conta Samira Freitas.

Salas de atendimento integram projeto ‘Espaços inclusivos’

As salas de atendimento do PEP, na Uremia, foram contempladas, há um ano, com obras do projeto “Espaços inclusivos”, voltado para o acompanhamento de crianças com autismo e outras deficiências. O intuito da ampliação de salas e da reconstrução foi tornar a estrutura mais acessível, além de qualificar os profissionais para utilizar os novos ambientes baseados em práticas com evidências científicas. A obra foi executada pela Secretaria Estadual de Saúde Pública do Pará (Sespa), por meio da Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo (Cepa).

“A reconstrução do espaço inclusivo no setor de atendimento do PEP nos concedeu uma área mais limpa, clara, dividida e confortável aos servidores e usuários, valorizando um espaço de atendimento à saúde, com mais segurança, confiança e bem-estar”, explica Elane Oliveira, diretora da Uremia.

Cerca de 200 crianças, de 0 a 3 anos, são atendidas pelo PEP mensalmente. De acordo com a terapeuta ocupacional, Patrícia Moraes, uma equipe multidisciplinar, composta pela terapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia, serviço social, enfermagem, odontologia e pediatria, acompanha o desenvolvimento de crianças que tiveram algum fator de risco pré-natal, perinatal ou pós-natal.

Para mães, como Sâmia Freitas, que acompanha e festeja cada fator de desenvolvimento da filha. O tempo é de gratidão. “Hoje ela já tem controle e apoio melhor no pescoço, tem maior percepção ao redor, já faz o movimento de pegar as coisas, o que é uma evolução muito grande. Temos todo o apoio dos profissionais daqui, sempre fomos bem acolhidas, isso faz a diferença, junto com uma estrutura nova, em um ambiente completo. Cada conquista dela é a minha conquista”, conta Samira.

Paciente em atendimento médico

A diretora da Uremia, Elane Oliveira, enfatiza que: “desde o ano passado, com a entrega das obras do projeto ‘Espaços Inclusivos’, posso dizer que as melhorias não foram só estruturais, também recebemos qualificações especializadas para aperfeiçoar o atendimento, sobretudo, das crianças com o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). É emocionante poder contribuir para o desenvolvimento dessas crianças. O momento da alta é muito importante, porque sabemos que a criança conseguirá se desenvolver bem fora daqui, que a família foi bem orientada e conseguirá garantir o suporte necessário”, ressalta.

As crianças são referenciadas pelas Unidades Básicas de Saúde para as Unidades Especializadas, como a Uremia. Elas passam por avaliação em uma consulta com a pediatra. Se for perfil do atendimento da Uremia, as famílias recebem acolhimento do serviço social, recebem todas as orientações e encaminhamentos para outras especialidades de apoio. Dependendo da avaliação de cada profissional, os pacientes podem vir semanal, quinzenal, mensal ou só acompanhamento.

SERVIÇO: A Uremia é localizada na Av. Alcindo Cacela, nº 1421, entre a avenida Governador José Malcher e  a avenida Magalhães Barata. Telefone: (91) 3226-1931 | 3246-6126 | 3246-7692

Texto: Secom

Fotos: Augiusto Miranda/Ag. Pará