Voluntários alegram pacientes do Oncológico Infantil no Dia do Enfermo

Voluntários alegram pacientes do Oncológico Infantil no Dia do Enfermo

15/01/2023 Off Por Roberta Vilanova

Data nacional ressalta a importância dos cuidados voltados para o bem-estar de quem enfrenta algum problema de saúde

Com o intuito de celebrar o Dia do Enfermo, no dia 14 de janeiro, voluntários visitaram pacientes do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), em Belém. A animação tomou conta da brinquedoteca do 2º andar do hospital, que é gerenciado pelo Instituto Diretrizes e referência no tratamento de crianças e adolescentes na região amazônica. A programação alusiva à data nacional atenta para o cuidado humanizado e para a promoção do bem-estar àqueles que enfrentam enfermidades.

O casal Izamara e Rogério Silva dão vida aos personagens Tia Iza e Tio Pipoca há quase um ano, mesmo período em que deram início às atividades recreativas com crianças da Igreja Angelim, na capital paraense. Do ministério infantil surgiram louvores e danças que acompanham os artistas voluntários em cada visita a hospitais e casas de apoio. “Nosso objetivo é levar alegria e falar de Deus para as crianças e seus acompanhantes. Com fé e muito amor, queremos tornar o dia de hoje mais especial”, afirmou Izamara.

Além da cantoria, acompanhada pelo teclado do Tio Pipoca, os animadores apresentaram um teatro de fantoche, que contava histórias bíblicas e motivacionais. Mas quem vê o sorriso do casal não imagina que foi diante de um luto que nasceu a vontade de fazer a diferença na vida de várias crianças. “Há oito anos perdi uma sobrinha para o câncer. Ela era como uma filha para mim e foi após essa grande perda que nasceram nossos personagens. Eu tive um sonho no qual ela aparecia sorridente pedindo para que eu brincasse com outras crianças num jardim lindo, florido. Acordei decidida a criar algo nesse sentido”, relembrou Tia Iza.

Tio Pipoca no teclado

Ao lado do esposo, Iza afirma que seguirá levando alegria e evangelização por onde passar, pois encara o trabalho voluntário como uma missão de vida. “A fé move montanhas e a gente precisa crer que tudo é possível quando estamos com o nosso coração voltado para Deus. Quando visto a roupa toda colorida, eu canto, danço, conto histórias e mostro que tudo dará certo e que a esperança precisa fazer morada em nossos corações”, disse a voluntária.

Mãe do pequeno Ravi, de 7 meses, a dona de casa Leidiane Araújo aprovou a iniciativa e a história bíblica contada e musicada pelo casal. “Sou evangélica e gostei de ver a apresentação, que falou sobre fé. Eles nos distraíram e animaram a nossa tarde”, disse a bragantina de 29 anos.

A assistente do Escritório de Experiência do Paciente do Hoiol, Elizabeth Cabeça, ressalta que as atividades recreativas buscam amenizar processos de dor, estresse e ansiedade, ocasionados pela doença e período de internação.

“Apoiamos a iniciativa do setor de Humanização, pois acreditamos que ações como essa lançam um olhar mais cuidadoso sobre o enfermo. Precisamos cuidar do usuário em todos os aspectos, não só com o tratamento medicamentoso, mas na sua integralidade. A programação de hoje contou com o envolvimento da equipe multiprofissional e de voluntários que atentaram para o emocional, o espiritual e o bem-estar das crianças e de seus pais”, explicou.

Texto e fotos: Ellyson Ramos/Hoiol