Seminário na Sespa lembra o Dia Mundial da Tuberculose

Seminário na Sespa lembra o Dia Mundial da Tuberculose

25/03/2024 Off Por Mozart Lira

Fotos: Mozart Lira (Ascom/Sespa)

Em celebração ao Dia Mundial da Tuberculose, lembrado em 24 de março, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) realizou nesta sexta-feira (22), em seu auditório, em Belém, o seminário com o tema “Tuberculose: uma pandemia oculta?”. O objetivo foi reunir profissionais para debater informações sobre a doença, que é possível de ser prevenida, tratada e curada com medicamentos distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O seminário destacou a prevenção, os sinais e sintomas da tuberculose, o que fazer em caso de suspeita e a importância de realizar o tratamento até o final para alcançar a cura. Tanto a prevenção, quanto o diagnóstico e o tratamento da tuberculose estão disponíveis gratuitamente no SUS. Além dos exames para detectar a doença, o SUS também oferta a vacina BCG para proteger crianças das formas mais graves e disponibiliza tratamento preventivo para pessoas com maior risco de adoecimento.

“É muito importante que o paciente diagnosticado seja acompanhado durante os seis meses de tratamento com o esquema básico, preferencialmente por tratamento diretamente observado – TDO, para êxito e cura do caso”, explica a coordenadora estadual do Programa de Controle da Tuberculose, Lúcia Helena Monteiro. O serviço está implantado nas Unidades Básicas de Saúde dos 144 municípios do Estado, com ações voltadas para o diagnóstico, acompanhamento e tratamento dos casos.

Ainda na ocasião, os municípios Óbidos e Maracanã receberam certificados do secretário adjunto de Gestão Administrativa, Edney Pereira, por atingir as metas do Ministério da Saúde relacionadas ao diagnóstico, tratamento e prevenção da doença no ano de 2022.

No que se refere ao combate da doença no Pará, a Sespa capacita profissionais, a exemplo do seminário então realizado, e presta assessoria técnica aos municípios, que por sua vez são os principais responsáveis pela execução das ações de diagnóstico e acompanhamento dos casos.

A Atenção Básica tem o objetivo de implementar as ações do Protocolo de Controle da Tuberculose, oferecendo o tratamento nas unidades de saúde, incluindo a estratégia do Programa Saúde da Família (PSF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).

A Sespa, por meio do Programa de Controle da Tuberculose, juntamente com o Ministério da Saúde, pelo programa “Brasil Saudável”, trabalha constantemente através dos monitoramentos dos programas municipais, disponibilizando medicamentos e insumos para o diagnóstico e tratamento da doença, incentivando a busca ativa de novos casos, a investigação dos contatos dos casos novos de tuberculose, o diagnóstico e tratamento da doença tempo oportuno, ofertando oficinas voltadas para manejo e controle da doença, visando assim quebrar a cadeia de transmissão da reduzir o número de adoecimento e óbitos por uma doença que é prevenível e curável.

Segundo nota técnica emitida pela Coordenação do Programa de Controle da Tuberculose, outra estratégia que vem sendo recomendada é o tratamento preventivo da doença buscando examinar principalmente os contatos do doente de tuberculose, assim como grupos considerados vulneráveis a doença como população vivendo com HIV/AIDS. “Considera-se que uma pessoa saudável, quando exposta ao bacilo da tuberculose, apresenta 30% de chance de se infectar, e destes, 10% podem desenvolver a doença ao longo da vida, este risco para a pessoa vivendo com HIV é anual. O tratamento preventivo desses infectados (ILTB) reduz entre 60% a 90% este risco”, destaca o documento.

Os dados da doença se mantêm estáveis no Estado e registram uma média de 4.500 casos ao ano, desde 2020. Atualmente, 60% dos registros notificados estão concentrados nas regiões de saúde Metropolitana I, II e III.